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Telecom pagará US$ 1 milhão por chamada automática deepfake de Joe Biden

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A Lingo Telecom fez uso de tecnologia de inteligência artificial para transmitir uma chamada automática que imitou a voz do presidente dos EUA Joe Biden no país.

A chamada telefônica ocorreu em janeiro de 2024, e tinha o objetivo de desestimular os eleitores a comparecerem às primárias democratas em New Hampshire.

A Comissão Federal de Comunicações (FCC) tomou conhecimento da situação e decidiu intervir, resultando em um acordo onde a Lingo Telecom concordou em pagar US$ 1 milhão pelos danos.

Aqui, estamos diante de mais um exemplo sobre a necessidade de regulamentação do uso de tecnologias emergentes, em nome do combate às fraudes e desinformação.

 

O que muda diante desse episódio

O consultor político Steve Kramer foi identificado como o responsável por criar e disseminar as chamadas de IA generativa com conteúdo falso e manipulativo.

A FCC já havia proposto uma multa de US$ 6 milhões para Kramer, como uma forma de responsabilizar indivíduos e empresas que utilizam tecnologias de deepfake de maneira enganosa.

Como parte do acordo, a Lingo Telecom deverá seguir regras rigorosas de autenticação de chamadas, incluindo os princípios de “conheça seu cliente”.

Isso significa que a empresa terá que implementar medidas mais eficazes para verificar a identidade dos clientes e a precisão das informações que recebem de provedores upstream.

Jessica Rosenworcel, presidente da FCC, enfatizou a importância da transparência nas comunicações, afirmando que os consumidores têm o direito de saber se estão interagindo com uma voz real ou uma imitação gerada por IA.

Em resposta ao aumento do uso de deepfakes, a FCC implementou uma proibição sobre o uso de vozes geradas por IA em chamadas automáticas sem o consentimento dos destinatários.

A FCC também está propondo novos requisitos para que anunciantes políticos divulguem o uso de IA generativa em suas campanhas publicitárias, tanto no rádio quanto na televisão.

Todas as iniciativas propõem um aumento de transparência e responsabilidade nas comunicações políticas, garantindo que os eleitores sejam informados sobre a natureza das mensagens que recebem.

 

As mudanças vão impactar nas eleições dos EUA?

É um jogo de gato e rato.

A decisão cria um precedente interessante para penalizar eventuais infratores, mas não deve coibir as mentes maliciosas em seguir disseminando a desinformação.

O que chama a atenção neste caso é o uso da engenharia social com a voz de Joe Biden como parte do mecanismo de deepfake, mostrando o quão avançada está essa tecnologia neste momento.

E tem aqueles que afirmam que não há a necessidade de regulamentar o uso das ferramentas de Inteligência Artificial.

Ou que abominam criminalizar quem usa dessas tecnologias para mentir a manipular o coletivo.

Que fiquemos atentos à essas pessoas, pois as intenções tendem a ser as piores.

 

Via The Verge


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