Aos poucos, a Microsoft está conseguindo estabelecer sua estratégia no hardware. Começa a vender mais dispositivos Surface, e igualou a briga com a Sony no segmento de videogames.
No total, a Microsoft informa ingressos de US$ 26.5 bilhões, com ações avaliadas em US$ 0.71, quando as expectativas eram de US$ 26.3 bilhões, e US$ 0.71 por ação. Onde os grandes protagonistas foram os seus serviços na nuvem, o Lumia e o Surface.
A venda de equipamentos Lumia representou para a Microsoft vendas de US$ 2.3 bilhões, com 10.5 milhões de dispositivos vendidos em todo o planeta. Já o Office 365 nas versões personal e para o lar conta com um pouco mais de 9 milhões de assinantes, sendo que o maior crescimento aconteceu em relação ao terceiro trimestre de 2014, ganhando 30% nos últimos três meses do ano.
Por um lado, os ingressos na linha de Dispostivos e Consumo aumentaram em 8% no úlitmo trimestre de 2014, graças em partes ao Surface e ao Xbox. Não foram especificadas as unidades vendidas do surface, mas indicam um aumento de 24% nas vendas dos tablets em relação ao ano passado, graças em parte ao lançamento do Surface Pro 3.
A Microsoft também informa que eles venderam 6.6 milhões de unidades dos sistemas Xbox durante o Natal, mas sem especificar modelos. Apesar da queda de preço do Xbox One e a renovação dos catálogos de jogos serem fatores que ajudaram, é complicado saber com exatidão quantas dessas vendas foram do console da nova geração. A Sony, por sua parte, já informou que vendeu 4.1 milhões de unidades do PS4 durante o Natal.
O Bing aumentou 23% os seus ganhos com publicidade, com uma cota de mercado nos Estados Unidos que aumentou em 150 pontos, ficando com 19.7%. No setor de serviços empresariais, a nuvem rende bons ingressos para a Microsoft, com um aumento de 5% (ou US$ 13.3 bilhões), com a ajuda de serviços como Office 365, Azure e Dynamic CRM Online, que cresceram 114%, com ingressos de US$ 5.5 bilhões.
Já em nível global, as coisas mudam para a Microsoft. A empresa registrou perdas operacionais de US$ 243 milhões, que podem se justificar com o plano de reestruturação em massa e a integração da antiga equipe móvel da Nokia. Os ingressos com as licenças Windows seguem caindo (-13%) ano após ano com a queda de vendas dos desktops e a incorporação de licenças já instaladas em equipes menores, apesar dos resultados ficarem maquiados com o trabalho na nuvem do Bing e do Azure.
Em resumo: a Microsoft segue buscando esta fórmula que a faça crescer, apesar de ainda ficar muito longe das históricas vendas que a colocavam como a dominante em vendas. Pode ser que o Windows 10 seja a peça que falte no quebra cabeça, mas tudo indica que será uma peça bem pequena dentro dessa grande estratégia.
Via Microsoft