Que o iPhone 16 é uma evolução em relação aos modelos da geração anterior, você até pode ter dúvidas. É seu direito pensar que essa evolução foi residual, e não creio que é o papel da Apple colocar grandes inovações no seu smartphone a essa altura do campeonato.
Nós aceitamos isso. Aliás, entendemos hoje que inovar é, também, melhorar o que já funciona. A inovação também se faz da evolução dos recursos e funcionalidades que o dispositivo entrega.
Mas… será que era isso o que Steve Jobs queria para esse produto? Ele aprovaria o iPhone 16 do jeito que está?
A visão de Steve Jobs sobre o iPhone ideal
As chances de Steve Jobs simplesmente odiar tudo o que a Apple fez com o iPhone são consideráveis. Sua visão era bem diferente de tudo o que é apresentado hoje no smartphone.
Jobs sempre valorizou a simplicidade em um dispositivo de tecnologia, e com o passar do tempo ele removeria os botões e elementos de interação, se possível.
Ou talvez não. Ele até poderia incluir o botão de câmera se concluísse que o mercado estava mesmo indo para essa direção. Algo que não está claro neste momento, já que é a Apple quem está recolocando esse elemento nos smartphones.
O que certamente Steve Jobs amaldiçoaria com todas as forças é um iPhone com tela de quase 7 polegadas. Me lembro que foi uma briga para que o smartphone da Apple aumentasse o tamanho de tela.
E quando o fez, ainda entregou uma versão com tela menor.
A multiplicidade de modelos também não seria bem-vista pelo visionário cofundador da Apple. É mais fácil pensar que teríamos apenas duas versões do iPhone se ele estivesse vivo.
A necessidade de se adaptar às demandas dos usuários
O iPhone 16 pode representar o oposto do que Steve Jobs entendia ser o correto, mas fato é que a Apple teve que se adaptar às exigências dos usuários, que desejam telas e smartphones maiores.
Com o tempo, até mesmo Steve Jobs teria que admitir que uma internet iminentemente visual obrigaria a Apple a aumentar o tamanho dos dispositivos.
Além disso, quando há pouco para se inovar em um segmento de mercado, o que resta é se adaptar ao que o consumidor deseja.
Mesmo para um Steve Jobs, que afirmava com todas as letras que “o usuário não sabe o que quer até que a gente mostre isso para ele”.
Olhando para o iPhone 16, entendemos que o produto é o reflexo do que é o usuário moderno de smartphone nesse momento.
Ele melhorou os sensores fotográficos, com a adição de uma câmera Fusion de 48 MP, que inclui recursos avançados para gravação de vídeo 4K Dolby Vision a 120 fps.
O novo sensor ultra-grande angular de 48 MP e a câmera teleobjetiva de 5x no modelo Pro são outras novidades que reforçam as aspirações de ferramenta de captura de imagem para os profissionais do setor.
Olhando para todos esses aspectos técnicos (em alguns casos, mais avançados), faz todo o sentido do mundo o iPhone 16 incluir não apenas o botão de obturador, como também o Controle de Câmera para acesso rápido ao modo avançado.
Até mesmo os usuários mais casuais desejam mais recursos para captura de fotos e vídeos. E Jobs teria que se render a isso também.
Por isso, é bem provável que Steve Jobs esteja se revirando no túmulo neste exato momento. Porém, entendo que até ele teria que se render ao que foi apresentado pela Apple na nova família de smartphones…
…em nome dos dólares que vão entrar na conta bancária da Apple através das vendas do dispositivo.