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Smartphone gamer: tudo o que você precisa saber

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No passado, eu era obrigado a usar muito mais da minha imaginação, ao visualizar uma bola de tênis quando um quadrado passava de um lado para outro da tela. Ou que um traço na tela era uma pílula que dava super poderes. Era o que tinha na época, e eu tinha que me dar por satisfeito com isso.

Depois, veio o Mario conquistar a princesa, o Ryu derrotando o M. Bison, Ayrton Senna me desafiando na F1 e Shaquille O’Neal dando enterradas alucinantes no basquete.

Hoje, eu vejo jovens com metade da minha idade ficando milionários com games que rodam em telas de Smart TVs com altíssima resolução. Vejo o Fortnite gerar mais dinheiro que um filme vencedor do Oscar, e celulares mais potentes que o notebook que estou usando para escrever este post executando games com gráficos incríveis.

Eu sei. Tudo isso se chama “evolução”. E isso é algo incrível.

Mas nem todos se preocuparam em contar essa história mostrando o passado para entender o presente e, com alguma sorte, enxergando um pouco do que pode ser o futuro desse segmento. E como a massa de usuários de smartphone gamer é cada vez maior, algumas dúvidas ficam sem respostas, e elas precisam ser esclarecidas.

Tá. Eu acabei de desligar o meu Xbox Series S, depois de várias horas disputando campeonatos de Fórmula 1 (sem muito sucesso, é verdade), e vou dedicar algum tempo adicionando informações para aqueles que já estão ou que desejam ingressar nesse universo dos games nos smartphones.

Por que esse segmento é um dos que mais crescem no mercado de smartphones? Como ele nasceu e se desenvolveu? E, talvez, a pergunta mais importante de todas: ter um telefone gamer é o melhor investimento para você?

Do começo. Quando tudo isso aqui era mato.

 

 

 

O que é um smartphone gamer?

 

 

“É qualquer celular que pode rodar jogos?”, você pergunta.

Bom… não necessariamente. E é por isso que esse artigo existe.

Estamos falando de dispositivos que fazem parte de um segmento específico do mercado. Para que um celular entre na categoria “gamer”, ele precisa oferecer diferenciais pensados para essa atividade, além das funções básicas de um telefone convencional (realizar e receber chamadas, enviar e responder mensagens de texto, instalar aplicativos, acesso à internet, etc).

Em teoria, qualquer smartphone que permite a instalação de aplicativos pode rodar jogos, mesmo que sejam os games mais básicos, pode ser considerado um “celulares gamer“. Porém, os modelos com hardware mais completo podem executar os jogos mais exigentes, e só os dispositivos com características que visam tornar a experiência de jogo a mais adequada possível entram nessa categoria na prática.

O mercado de celulares acabou adotando essa definição também para definir de forma mais clara quais são os dispositivos que são objetivamente pensados na execução dos jogos. Mas isso não quer dizer que smartphones com recursos mais modestos não podem rodar os games mais básicos. Porém, é importante você ter em mente que existe uma categoria específica para que os usuários possam procurar por modelos que conversam diretamente com os jogadores, atendendo seus anseios e expectativas.

De qualquer forma, vamos expandir nossa abordagem também para dispositivos que podem entregar uma boa experiência nos jogos, mas que não necessariamente são celulares gaming. Por exemplo, o Moto G9 Plus da motorola chama a atenção dos jogadores mais casuais pelas suas especificações equilibradas e seu preço competitivo, o que o torna uma escolha natural dos gamers mais casuais, que só querem aquela jogatina básica dentro do ônibus enquanto voltam para casa depois de um longo dia de trabalho.

 

 

 

Como surgiu o smartphone gamer?

 

A maioria dos leitores desse post nem estava vivo quando o conceito de jogar games no celular começou. A prática nasceu na década de 1990, e nem foi com os telefones móveis, mas sim com calculadoras científicas e voltadas para cálculos mais elaborados.

Até mesmo os matemáticos tinham o direito de se divertir de vez em quando.

No meio da década de 1990, os primeiros jogos para celulares começaram a desembarcar nos modelos mais básicos, em telas monocromáticas e em formatos bem simples. E todo mundo era feliz com isso: qualquer pessoa trocava o tédio que era esperar na fila do banco a sua vez de ir ao caixa jogando o tal “jogo da cobrinha”. Hoje, ninguém vai ao banco, já que as pessoas pagam as contas pelo smartphone em 30 segundos, e usam o resto do tempo para jogar PUBG como se não houvesse amanhã.

Naquela época, as primeiras iniciativas de celular gamer apareceram. Alguns fabricantes combinavam elementos típicos de videogames no design desses telefones, como botões direcionais e botões de comando. Eram propostas interessantes, mas nenhuma delas conseguiu vingar a ponto de fazer o usuário trocar o Gameboy pelo celular na hora de jogar games fora de casa.

Mesmo assim, aquele primeiro passo já representava uma evolução notável dentro do segmento, pois se aproveitava das novas tecnologias para entregar jogos um pouco mais elaborados do que um quadrado representando uma bola de basquete. Tudo bem, muitos dos gamers de hoje podem achar o Java algo primitivo, mas considerando tudo o que existia naquela época, ele era uma grande evolução.

Com a chegada da primeira grande geração de smartphones em 2007, o segmento de celular gamer começou a ganhar o formato consagrado de hoje. Sistemas operacionais como Android e iOS eram tecnicamente mais completos, e os jogos para essas plataformas passaram a se tornar mais complexos e com melhor qualidade.

Hoje, qualquer jogo para celular é tão bem elaborado quanto um jogo para um console de mesa ou desktop (aquele que você conecta na TV), e existe todo um mercado especificamente voltado para esse formato de entretenimento. Grandes desenvolvedoras de jogos mobile apareceram, e com os títulos aprimorados surgiram jogadores que dedicam horas e horas de jogatina na pequena tela.

Agora, é só fazer as contas: desenvolvedores com mais recursos + dispositivos mais completos = jogos mais exigentes.

Nesse sentido, surgiu a necessidade dos fabricantes em desenvolver modelos de smartphones que atendessem especificamente as demandas desses jogos de alta qualidade. Não bastava apenas entregar o celular com o melhor processador, a tela mais avançada, a maior quantidade de memória e a placa gráfica mais poderosa. Era fundamental combinar esses elementos de hardware com características específicas para entregar ao jogador a melhor experiência possível durante os jogos.

Por isso, nasceu o conceito de celular gamer ou smartphone gamer.

Quando olhamos para trás e testemunhamos tudo o que foi construído ao longo desses anos, a impressão que fica é que nós, os gamers mais velhos, vivemos no passado a era jurássica, e só hoje estamos no “homo sapiens sapiens” desse segmento. E eu compreendo perfeitamente que essa evolução não parou por aqui.

E sei que mais pessoas estão entrando neste segmento de entretenimento. E os novatos precisam ser ajudados com o máximo de informação possível.

 

 

 

Quais são as características de um smartphone gamer?

 

A primeira coisa que você precisa ter em mente é: um celular gamer não necessariamente precisa ser um telefone top de linha. Ele precisa entregar características que resultam na melhor experiência para os games.

Lembra do exemplo do Moto G9 Plus que mencionei um pouco antes neste texto? Vamos pegar ele como exemplo mais uma vez: é um modelo que não entrega as mesmas configurações do Lenovo Legion Phone Duel, esse sim claramente pensado nos games, em todos os aspectos (falo mais sobre isso daqui a pouco). Porém, a combinação dos seus recursos de hardware e software resulta em uma experiência gaming de boa qualidade, o que faz com que o modelo chame a atenção dos jogadores mais casuais.

Apesar de não ser um smartphone especificamente voltado para os gamers, este é o tipo de produto que vai atender aos que buscam executar bem os aplicativos do dia a dia  e, também, querem jogar alguns games mais populares. Não podemos nos esquecer que aqueles usuários que escolheram o Moto G9 Plus o fizeram para, de forma prioritária, realizar as atividades mais básicas do dia a dia. 

De qualquer forma, vou facilitar a vida dos mais indecisos, mencionando as principais características dos smartphones pensados nos games, dentro dos elementos mais relevantes.

 

 

 

Tela

 

Para começo de conversa, um bom smartphone gamer precisa ter uma ótima tela. A maior possível, com o menor notch possível (de preferência, sem esse elemento estranho atrapalhando) e com uma resolução de, pelo menos, FullHD+. Você pode até achar que precisa de uma tela 2K ou 4K para jogar no celular, mas acredite em mim: para uma tela com 7 polegadas ou menos, resoluções tão altas não fazem a menor diferença.

Nesse aspecto, o Lenovo Legion Phone Duel combina todos esses elementos. Inclusive a ausência do notch, já que ele recebe uma câmera pop-up (que sai do corpo do celular) que, diferente de outros modelos de smartphones, está localizado em uma das laterais, e não na parte superior.

Este pequeno detalhe beneficia os gamers que gostam de fazer streaming, já que vão manter o dispositivo na mesma orientação do jogo, além de dispensar o uso de uma webcam ou segunda câmera para registrar o seu rosto e as suas reações.

Então… este é um detalhe que só está presente em um smartphone gamer, e que melhora de forma direta a experiência de uso para essa atividade.

Outros dois aspectos importantes para a tela de um celular gamer são a taxa de atualização e a taxa de amostragem de toque. As duas especificações ganharam relevância nos últimos anos, principalmente em função dos telefones dentro desse segmento.

A taxa de atualização da tela é o tempo que o dispositivo leva para exibir a mudança de um gráfico ou animação na mesma. Quanto mais elevada essa taxa, mais rápido um gráfico pode se mover e, em consequência disso, mais fluido o jogo vai rodar.

Logo, não adianta ter uma CPU e um GPU poderosos no smartphone se a sua tela não acompanha a exigência que o jogo tem em reproduzir as imagens. Em termos práticos, certifique-se que o celular gamer não vai ficar engasgado logo no momento onde vários adversários tentam matar você no modo multiplayer online do seu jogo favorito.

A taxa de amostragem de toque é aquela que determina o tempo de resposta da sua interação com a tela. Quanto maior essa taxa, menor será o intervalo entre o toque do seu dedo na tela e o comando a ser acionado no jogo.

Este é outro recurso que pode fazer a diferença entre você ser um campeão em Fortnite e o alvo preferido daqueles jogadores que só estão lá para matar o seu personagem pelas costas.

 

 

 

Processador, unidade gráfica, RAM e armazenamento

 

Existem inúmeros exemplos de smartphones que contam com um conjunto de hardware que não é o mais poderoso do mercado, mas que entregam um gás a mais nos jogos. Processadores intermediários com uma GPU (unidade gráfica) poderosa, uma RAM mais rápida e um armazenamento com um padrão avançado resolvem o problema com muita facilidade.

Neste sentido, o novo Moto G100 5G resolve bem o problema, com um conjunto técnico que cobre todos os aspectos mencionados, com especial destaque para o “bônus” de já contar com o 5G, mais um diferencial para quem quer ter um bom telefone voltado para os jogos (também falo sobre isso daqui a pouco).

Outra característica importante desse modelo é a tecnologia Ready For, que permite transmitir o conteúdo em reprodução na tela para monitores e TVs, com uma instalação simples (basta conectar um cabo USB-C/HDMI ao celular). Assim, o usuário passa a contar com uma área de trabalho semelhante ao dos computadores, além de poder reproduzir filmes, vídeos e jogos mobile na tela da TV, se aproximando da experiência gaming tradicional. 

Esse hardware precisa receber recursos que entregam uma performance plena na parte dos jogos.

O processador até pode receber um overclock de software do fabricante, mas isso pouco ou nada resolve se o sistema de resfriamento não conseguir manter o conjunto de hardware sob baixas temperaturas (quanto menor o calor, melhor é a performance, já que a exigência para tudo funcionar bem será menor).

A GPU precisa ser boa o suficiente para gerenciar gráficos pesados, mas é fundamental ter uma RAM que é generosa e que pode trabalhar com uma grande quantidade de informações temporárias ao mesmo tempo. Para isso, recomendo sempre que possível escolher um smartphone que conte com uma memória no padrão LPDDR4x ou superior. No mínimo.

No armazenamento, quanto mais melhor… e quanto mais rápida, melhor também. Os modelos de smartphones gaming mais recentes já contam com o padrão de memória UFS 3.1. Ter uma maior atenção para esse aspecto resulta em uma execução dos jogos mais ágil e fluída.

 

 

 

Software e conectividade

 

Um bom smartphone gamer tem um software otimizado para uma melhor experiência nos jogos.

Para isso acontecer, algumas especificações técnicas do sistema operacional são ajustadas para que a execução dos jogos seja a melhor possível. Cada fabricante tende a colocar na sua capa de personalização do Android os ajustes otimizados para esta tarefa.

No caso do Lenovo Legion (por exemplo), ele chega de fábrica com o Legion OS, que é a versão customizada do Android para este dispositivo. Por sua vez, esse software conta com a capa de personalização ZUI, que está totalmente ajustada para trabalhar com o hardware em prol de um desempenho perfeito para os jogos.

Na parte de conectividade, é sempre importante olhar para o futuro. E o 5G está se disseminando aos poucos no Brasil. Por isso, escolher um smartphone 5G agora pode representar economia no futuro, além de obter a garantia que será possível jogar em qualquer lugar, literalmente.

Com as redes 5G, teremos uma cobertura de internet mais eficiente, além de uma conexão muito mais rápida. Será possível enviar e receber um volume de dados muito maior, e o mais importante para qualquer jogador de títulos online: com uma latência mínima.

 

 

 

O que eu posso fazer com um smartphone gamer?

 

Dizer que você pode fazer muitas coisas com um celular gamer é algo até óbvio, de modo que é preciso ser específico nos benefícios que um dispositivo com essas características técnicas pode oferecer. E nem vou reforçar que o desempenho nos games será algo impecável, pois essa é outra mesmice que podemos evitar neste momento.

Nem só de games vive o homem. Nós temos que trabalhar, estudar, assistir filmes e séries, acessar as redes sociais, navegar na internet, entrar em contato com outras pessoas através de serviços de mensagens instantâneas e, por incrível que pareça, realizar e receber chamadas de voz.

Tudo isso pode ser feito em um smartphone gamer e, em alguns casos, ainda melhor do que em um telefone top de linha.

Um celular gamer vai executar aplicativos avançados de edição de vídeos (que podem se beneficiar da GPU de melhor qualidade), entregar um melhor desempenho no gerenciamento de múltiplos aplicativos de redes sociais (uma vez que possui uma RAM e um armazenamento de alta performance) e exibir vídeos via streaming com maior fluidez com a tela com elevada taxa de Hz.

Além disso, a navegação na internet se beneficia com as tecnologias de WiFi de última geração e o 5G, que possui uma performance otimizada para um grande consumo de dados. E todas as melhorias técnicas certamente vão motivar os usuários a ampliar as vias de comunicação com outros usuários.

Sem falar que sempre será possível recorrer aos recursos que você já utiliza nesse momento no seu smartphone convencional, que são as tarefas do dia a dia, como ler e responder e-mails, abrir documentos de texto e planilhas, assistir aulas online via Google Meet e outras atividades.

Em resumo: um smartphone gamer é sim pensado especificamente no melhor desempenho possível nos jogos, mas funciona muito bem (e até melhor, em alguns casos) para todas as demais atividades que você realiza hoje no seu dispositivo atual.

Logo, fazer um investimento em um dispositivo com essas características pode entregar benefícios que vão além das suas expectativas.

 

 

 

Quais são os smartphones gamer?

 

Vamos considerar esse tópico como a conclusão do artigo.

Se você chegou até aqui, já pode identificar um celular gamer de longe. Conhece como ele surgiu, quais são as suas principais características, o que pode fazer com ele e até mesmo que o dispositivo vai além de ter um acabamento com cores chamativas e LEDs brilhando em tudo quanto é lugar.

Por isso, podemos usar esse segmento para resumir tudo o que aprendemos até aqui sobre um smartphone.

Um celular gamer é todo aquele que conta com recursos e características que resultam em uma melhor experiência de uso durante os jogos. Não são apenas aqueles telefones que podem rodar os jogos, mas que oferecem uma efetiva otimização do seu desempenho como um todo durante as partidas.

Ao longo deste artigo especial, mencionei alguns exemplos de dispositivos que podem entregar uma ótima experiência gaming em diferentes categorias de jogos. Meu objetivo com essa abordagem foi mostrar para o leitor que é possível jogar videogames com telefones que estão em diferentes categorias de preço e perfis de hardware diversos.

Porém, é fundamental deixar claro que o melhor smartphone gamer que você pode comprar para rodar os seus jogos preferidos é aquele que mais se ajusta às suas necessidades e, principalmente, aquele dispositivo que cabe no seu bolso, financeiramente falando.

Neste artigo, apresentei as informações mais relevantes sobre o assunto, dando maior foco para aqueles aspectos que são relevantes para que você identifique e escolha o dispositivo que é o melhor para você.

A partir de agora, a bola (ou melhor, o controle) está com você.

As ofertas no mercado de smartphones gaming existem, e este é um mercado que não para de crescer. Pesquise pelos preços, assista aos reviews e, se possível, teste os dispositivos dentro desse segmento. Mas tenha sempre em mente que a sua prioridade é ter um dispositivo que seja o mais completo e eficiente possível para o seu entretenimento eletrônico.

Boa escolha. Bons jogos. Nos encontramos na próxima fase.


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