A Samsung pode lançar o Galaxy S25 com dois processadores diferentes para diferentes mercados: o Snapdragon 8 Elite e o Exynos 2500.
A estratégia é recorrente na marca, e muitos já estão criticando nas redes sociais pela decisão. Algo justificado pelo temor por uma possível disparidade de desempenho entre os modelos.
E já podemos imaginar o que vai acontecer com o Brasil: vamos receber o modelo com Exynos, pois ele permite que a relação custo-benefício para a Samsung seja a melhor.
Desempenho medido pelo Geekbench 6
Testes no Geekbench 6 revelam os resultados de desempenho dos processadores, e os números podem incomodar aos mais exigentes.
O Snapdragon 8 Elite obteve 3.180 pontos em single-core e 10.056 em multi-core. Já o Exynos 2500 alcançou 2.358 e 8.211, respectivamente.
Nos números, a diferença de desempenho a favor do Snapdragon é de até 34%.
Comparado ao Snapdragon 8 Gen3 do Galaxy S24, o Exynos 2500 apresenta uma evolução mínima, mesmo sendo uma geração mais recente.
Isso evidencia que o Exynos ainda está distante de competir com o rival Qualcomm em termos de CPU e GPU.
Impacto para consumidores em diferentes mercados
A Samsung já enfrentou críticas no passado pela adoção de duas linhas de chips em seus modelos topo de linha. E, ao que tudo indica, vai insistir nessa estratégia.
A escolha de processador pode afetar diretamente os mercados onde o Exynos será predominante (muito provavelmente o caso do Brasil), que vão receber dispositivos com desempenho inferior e, possivelmente, prejudicando a experiência do usuário nesses locais.
A parceria com a AMD para integrar GPUs Radeon aos chips Exynos aparentemente não conseguiu resolver as limitações no desempenho gráfico.
Enquanto isso, o Snapdragon mantém sua liderança com maior eficiência energética e capacidade de processamento.
Rumores sugerem que a Samsung poderia optar por uma estratégia unificada, oferecendo apenas a versão Snapdragon 8 Elite globalmente, algo que beneficiaria os consumidores ao eliminar a disparidade de performance.
Por outro lado, a Samsung basicamente iria repetir a estratégia do ano passado, oferecendo uma experiência de uso unificada na potência máxima apenas e somente no modelo mais caro dessa família de smartphones.
Essa diferença de desempenho entre Exynos e Snapdragon, além de recorrente, prejudica a confiança na marca, especialmente entre os consumidores dos países que recebem versões com o chip inferior.
A estratégia final da Samsung ainda não foi confirmada, mas especialistas apontam que priorizar o Snapdragon seria mais vantajoso para manter a competitividade frente a outras marcas como Apple e Xiaomi.
O mercado global é altamente competitivo, e exige que a Samsung mantenha a relevância dos seus produtos, inclusive nos países que priorizam a melhor relação custo-benefício.
E aqui, a única explicação plausível para que a Samsung insista em algo que vai irritar aos entusiastas de vários países é o fator “a maioria não dá a mínima para isso”.
Tudo bem… quem compra um smartphone como o Galaxy S25 é aquele que é um pouco mais exigente e entende um pouco mais de tecnologia.
Mas bem sabemos que a grande maioria só quer o telefone funcionando, sem se importar com o tipo de processador que o telefone carrega.