E desde já eu torço para que essa moda NÃO pegue.
O estado da Pensilvânia (Estados Unidos) estuda implementar um novo imposto sobre os videogames, o “Imposto de Violência”, onde os jogos mais violentos terão que pagar uma taxa adicional pelo conteúdo gráfico apresentado.
A ideia é fazer com que os fundos adicionais arrecadados com os valores mais caros desses jogos sejam repassados para um comitê dedicado a evitar novos tiroteios em escolas. Várias entidades governamentais estão relacionando (de forma estúpida) a violência dos videogames à violência no mundo real. Inclusive o presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que teve uma reunião em 2018 com vários profissionais da indústria para discutir o tema.
O mais bizarro é que não é a primeira vez que tentam tributar os videogames violentos. Em 2013, Chris Quinn tentou fazer um projeto de lei semelhante, mas não foi muito longe com a iniciativa. Agora, a mesma ideia um pouco renovada parece ganhar fôlego junto aos políticos norte-americanos.
Na prática, os jogos violentos contariam com uma taxa adicional de 10% ao preço final, além dos 6% que o estado da Pensilvânia tenta aprovar. Com isso, um jogo que custa US$ 60 pode passar dos US$ 70, caso os custos sejam repassados para o consumidor, algo que muito provavelmente vai acontecer.
Porém, a ESA (Entertainment Software Association) é contra o projeto de lei, e afirma que esta é uma autêntica violação da constituição, já que existem vários estudos científicos que comprovam que não existe qualquer conexão entre os videogames e o aumento da violência.
Logo, sem qualquer tipo de prova sobre um hipotético aumento da violência no mundo real associado aos videogames, fica um pouco difícil explicar o novo imposto. A não ser que esta seja apenas mais uma desculpa para arrecadar mais alguns trocados do bolso do consumidor.
E eu espero que nenhum político brasileiro esteja lendo esse post.