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Seis vezes que o Twitter pediu desculpas por seus problemas, mas sem solucioná-los

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O Twitter atravessa uma fase complicada no que se refere ao controle do assédio ao próximo. E falha na tentativa de frear a propagação das fake news, o que gerou grandes efeitos nas eleições presidenciais aqui no Brasil.

Nesse sentido, Jack Dorsey não tem problemas em superar grandes crises de imagem e pedir desculpas. Errar é humano. Mas corrigir o problema é fundamental, e isso é algo que o Twitter não está sendo muito eficiente.

Hoje, vamos revisar as vezes que o Twitter pediu desculpas por seus problemas no lugar de tentar solucioná-los

 

 

Um longo histórico de desculpas

 

 

São vários casos desde 2006 (ano de nascimento do Twitter) até hoje. Os problemas mais recentes estão relacionados com os pacotes bomba enviados para Barack Obama, para os Clinton e outras personalidades que criticam a administração de Donald Trump, com o ‘Kill all Jews’ aparecendo nos Trending Topics em Nova York.

 

 

1. Graves ameaças sem ações

 

Rochelle Ritchie, uma analista política, recebeu sérias ameaças de Cesar Sayoc, o suspeito de ter enviado as bombas. Ela denunciou as mensagens, como um procedimento habitual no Twitter, e a rede social afirmou que não viu nada de sério nas mensagens, que diziam coisas como “responderemos às suas ameaças” e “abraça forte os sues seres queridos a cada vez que você sair de casa”.

O Twitter se limitou a pedir desculpas e afirmar que está investigando o caso para melhorar a atuação nesses casos. E aqui não é questão de saúde da plataforma, mas sim de segurança do cidadão.

 

 

2. “Kill all Jews” no Trending Topics de Nova York

 

Uma sinagoga de Brooklyn recebeu mensagens como “Morra, rata judia”, “Judeus, estejam preparados” e “Hitler”, protestando contra um evento de Ilana Glazer, que foi suspenso depois do ato de vandalismo racista.

Alguns usuários perceberam que a frase clamava por um novo Holocausto, algo que viola as regras do Twitter. As mensagens ficaram no ar por apenas 10 minutos, o que foi suficiente para questionar como o Twitter permitiu que algo desse tipo ficasse nos TTs, e se haviam humanos revisando a plataforma nesse momento.

Em comunicado, o Twitter se defendeu afirmando que os temas se tornaram tendência como consequência da cobertura das reações das pessoas horrorizadas com o vandalismo contra a sinagoga, e se desculpou porque a frase não poderia aparecer nas TTs.

 

 

3. Jack Dorsey pede desculpas aos desenvolvedores, mas não muda nada

 

Aplicativos como o Tweetbot ficaram capados depois das mudanças na API do Twitter concretizadas em agosto. Os desenvolvedores abraçaram a plataforma desde o começo, e são parte importante do sucesso da mesma.

Porém, de forma paulatina, o Twitter foi fechando a sua magnífica API, limitando a experiência em aplicativos de terceiros, e restringindo os tokens em 100 mil para os apps nascidos depois da mudança do API.

Jack Dorsey pediu desculpas aos desenvolvedores, e reconhecem a importância deles para o avanço da rede social. Mas no lugar de melhorar as coisas, só piorou as medidas e procedimentos contra os apps de terceiros.

 

 

4. Usuários seguindo Donald Trump por engano

 

 

No começo de 2017, Jack Dorsey reconheceu erros cometidos quando alguns usuários estavam seguindo Donald Trump por engano. Foram 560 mil usuários afetados, e o problema estava na troca da velha conta governamental de Barack Obama.

Os usuários que seguiram a conta @POTUS44, conta do já ex-presidente depois de ser renomeada, também seguiram de forma automática e involuntária a conta @POTUS, nova conta oficial de Donald Trump.

Jack lamentou o ocorrido, e mesmo não sendo algo grave, é preciso lembrar que estamos falando de Donald Trump, alguém que causou muitos danos para diferentes grupos e indivíduos. E ter que ler por engano suas asneiras é algo que irrita muita gente.

 

 

5. Perdão por permitir que a extrema direita enviasse mensagens de ódio através de tweets patrocinados

 

Ariana Lenarsky denunciou através de uma captura de tela uma mensagem promovida que dizia “Os Estados Unidos foram fundados como a República do povo branco”, em claro tom racista e xenofóbico.

Jack reconheceu o problema e pediu perdão, afirmando que o sistema automatizado permitiu um anúncio promovendo o ódio, o que viola as políticas da rede social. Por outro lado, o próprio CEO do Twitter contribuiu sem querer para promover comida procedente de uma cadeia homofóbica, para mais tarde reconhecer o erro.

 

 

6. Dick Costolo, e o desejo de voltar atrás

 

 

Dick Costolo foi CEO do Twitter entre 2010 e 2015, e durante a sua gestão apareceram os mais graves problemas de assédio que afetam os dias atuais. No passado, enquanto interveio em um evento, reconheceu o seguinte:

“Seu eu pudesse, eu voltaria atrás para 2010, e frearia o abuso na plataforma, criando uma barreira muito específica sobre como se comportar-se na plataforma. Assumo a responsabilidade de não ter segurado o touro pelas unhas.”

O problema é que, depois de sua saída, o debate sobre o assédio na rede social não foi incentivado. O assédio só cresceu diante da falta de erradicação do problema.


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