Fato: smartphones fazem parte da vida de qualquer ser humano e, para muitos, é tão vital quanto respirar (eu não estou exagerando). E foi justamente o uso dos smartphones que levou um grupo de investigadores a criar o Screenoma Humano (ou Human Screenome Project), na Universidade de Stanford.
O objetivo desse projeto é coletar, gravar e analisar os dados do que os voluntários do estudo fazem nas telas dos seus smartphones, registrando a vida digital dos analisados. Tal tecnologia que permite o registro tem um detalhe peculiar: por causa das normas voláteis sobre o intercâmbio de dados e a acumulação de experiência e ferramentas em diferentes campos da genômica, ficou muito mais fácil coletar os dados de qualquer pessoa.
Analisar tudo o que estamos olhando nas telas
O Human Screenome Project é um esforço coletivo para produzir e analisar gravações de tudo o que as pessoas estão fazendo nas telas dos seus smartphones e outros dispositivos inteligentes. Para o teste dar certo, as pessoas precisam utilizar os seus notebooks e smartphones em um intervalo médio entre 10 e 20 segundos, onde uma sessão começa a valer quando a tela fica iluinada, se encerrando quando a tela fica escura.
Esse tempo estimado (entre 10 e 20 segundos) pode parecer insuficiente para uma análise mais aprofundada sobre o comportamento dos usuários. Porém, é preciso lembrar que uma atividade muito simples e corriqueira no telefone, como é a visualização das horas, pode durar menos de um segundo, e não influencia em nada para indicar os hábitos de um usuário.
Tudo passa por um software encriptado
Para registrar as mudanças o tempo todo na tela de uma pessoa, os investigadores desenvolveram a plataforma Screenomics. Esse software registra, encripta e transmite capturas de tela automaticamente a cada cinco segundos, a cada vez que a tela do dispositivo é ligada. Quando o software é implementado em vários dispositivos ao mesmo tempo, as capturas de tela de cada um deles são sincronizadas, acontecendo ao mesmo tempo.
Até o momento em que esse post é produzido, foram compiladas mais de 30 milhões de capturas de tela, onde mais de 600 voluntários ou screenomes estão utilizando a ferramenta.
O estudo busca uma meta-análise para encontrar a relação entre o bem estar psicológico e o uso das redes sociais, reunindo dados que confirmam o comportamento digital dos seres humanos.
Via Screenomics