O Samsung Galaxy S23 não só foi oficialmente apresentado em todo o planeta, como também já chegou ao Brasil, em um movimento inédito dos sul-coreanos.
Ele está tão presente no mercado brasileiro, que já sabemos o preço inicial do novo telefone top de linha da Samsung, que vai custar por aqui a partir de R$ 5.999. E todo mundo já esperava que ele não iria custar barato.
O que poucos esperavam era um lançamento tão rápido no mercado brasileiro. O que facilita muito a minha vida, pois posso comentar com maior precisão tudo o que penso do produto por aqui, sem precisar esperar por um anúncio oficial dos valores.
Sem mais delongas, vamos ao que penso sobre o novo Samsung Galaxy S23.
Processador potente é obrigação neste caso
Alguns veículos de tecnologia comemoram o fato da Samsung substituir os seus chips próprios Exynos para colocar no Galaxy S23 o poderoso Snapdragon 8 Gen 2 da Qualcomm. Já eu penso que essa é uma obrigação dos sul-coreanos.
Não faz mais sentido algum tentar oferecer uma opção “menos cara” para um telefone que nasceu para ser um top de linha caro em qualquer circunstância. Logo, se os usuários vão pagar uma pequena fortuna por ele, é justo que a empresa entregue no telefone o melhor processador disponível para o mercado de telefonia móvel.
Eu não vejo nenhum favor ou mérito da Samsung neste caso. E peço desculpas se estou sendo um pouco duro nas minhas palavras. Na verdade, sou realista: por R$ 6.000, eu exijo o melhor processador do mercado. Simples assim.
Uma bateria um pouco maior, felizmente
Outro ponto que a Samsung corrige um erro da geração anterior é na bateria.
O Galaxy S23 conta com 3.900 mAh de bateria, no lugar de 3.700 mAh do Galaxy S22. E todo ganho é válido neste caso. Aqui, estamos no mundo quase perfeito para um telefone com tela de 6.1 polegadas, pois ideal seria ver esse dispositivo com 4.000 mAh ou mais de bateria.
E temos uma vitória para os usuários brasileiros guardada no kit de venda do Samsung Galaxy S23: o carregador compatível com o produto na caixa. Chega de ter que mendigar ou implorar por esse acessório de forma direta para a Samsung.
Ao menos para isso todo o barulho feito para exigir um item que faz parte do funcionamento perfeito do produto valeu a pena.
RAM estática, armazenamento reduzido
Vou explicar esse segmento.
A Samsung decidiu ser conservadora e manter os 8 GB de RAM no Galaxy S23. Algo que até dá para compreender, pois a empresa precisa diferenciar de alguma forma os três modelos de smartphones recém apresentados.
Por outro lado, o Galaxy S23 não vai receber uma versão com 512 GB de armazenamento no Brasil. Em nosso mercado, só teremos as versões com 128 GB e 256 GB, o que pode ser mais do que suficiente para a maioria dos usuários.
Neste caso, a Samsung também tenta estabelecer diferenças mais claras deste modelo para as versões mais completas da série Galaxy S23. Quem quer armazenar mais fotos e vídeos no telefone que pague a mais por isso.
Ou melhor, muito a mais por isso.
Se prepare para ficar com ele até 2027 (se quiser)
Com a política de quatro anos de atualizações do Android, o Samsung Galaxy S23 está com o hipotético Android 17 garantido, algo que só deve acontecer em 2027. Sem falar nas atualizações de segurança que devem acontecer até 2028.
Eu nem preciso dizer que isso faz com que o telefone seja uma interessante opção para os usuários que querem realizar um investimento a longo prazo, mantendo o dispositivo em uso por até cinco anos.
Assim, a Samsung se aproxima muito da Apple neste aspecto, e mesmo sem igualar os norte-americanos no suporte a longo prazo dos seus dispositivos, merece aplausos por fazer isso de forma competente e aparentemente comprometida.
E as suas câmeras?
O Samsung Galaxy S23 possui três sensores fotográficos na parte traseira. O sensor principal recebe 50 megapixels, e vem acompanhado de uma lente ultra grande angular de 12 megapixels, e de uma lente teleobjetiva de 10 megapixels.
Ou seja, o novo normal para os sensores fotográficos para smartphones é mesmo entregar uma câmera principal de 50 megapixels. Todos os principais lançamentos no setor recebe esse mesmo número, e a variação da qualidade fica pela capacidade do processador e do software de câmera em trabalhar com as imagens.
Na câmera frontal, uma discreta evolução: sai o sensor para selfies de 10 megapixels para chegar o novo sensor de 12 megapixels. Tudo bem, mais megapixels não quer dizer que teremos fotos melhores, mas é um avanço de qualquer forma.
Por fim, a tela
O Galaxy S23 conta com uma tela de 6.1 polegadas com resolução FullHD+ e taxa de atualização de imagens variável entre 48 Hz e 120 Hz. Dessa forma, o elemento que mais gasta bateria no telefone oferece a fluidez necessária para diferentes momentos de uso.
A Samsung sempre mandou bem na tela dos seus telefones, e acredito que os resultados que o Galaxy S23 devem estar entre os melhores no setor de telefonia móvel, pelo menos para os dispositivos que vão chegar ao mercado no primeiro semestre de 2023.
Samsung Galaxy S23: quanto custa?
O Samsung Galaxy S23 está disponível no Brasil em duas versões, que contam com os preços sugeridos de R$ 5.999 para o modelo com 128 GB de armazenamento, e R$ 6.499 para a versão com 256 GB de armazenamento.
Considerando as novidades apresentadas, não dá para dizer que o Galaxy S23 não é um ótimo smartphone. Se você ainda não comprou o seu smartphone da Samsung ou tem um Galaxy S21 nas mãos e está com o orçamento para fazer o investimento, acredito que a compra é sim recomendada.
Se você tem ou considera ter um Galaxy S22, é melhor comparar os prós e contras dos dois telefones, verificar a diferença de preço ou os detalhes nas especificações técnicas para definir se a aventura financeira compensa neste caso.
Prometo que volto a esse assunto em um futuro próximo.