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Recarga rápida está acabando com a bateria do seu smartphone

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No passado, as baterias dos celulares tinham “vida eterna”. Modelos como o lendário Nokia 1100 (e depois o Nokia 1110) aguentavam pelo menos uma semana de autonomia de bateria, e isso tornava o dispositivo perfeito para quem quer “esquecer” que o carregador existe.

Tudo bem, os celulares do passado não realizam 10% das funções dos smartphones de hoje. Mas era o que todos tinham na época, e todo mundo ficou feliz com isso.

Agora, temos os smartphones que nos conectam com o mundo via web, WhatsApp, Facebook Messenger e outros. Utilizamos as redes sociais com profusão, enviamos e-mails, rodamos jogos com gráficos pesados e passamos horas assistindo filmes na Netflix e vídeos no YouTube. E todas essas atividades acabam naturalmente drenando a bateria do nosso dispositivo.

Um dos problemas que foi resolvido nos últimos anos foi o do tempo de recarga da bateria dos smartphones. Ela era uma autêntica dor de cabeça para quem sempre está com pressa e em constante movimento, pois esses grupos de usuários entendiam que um telefone carregando por duas ou três horas era algo absurdo.

Felizmente, a tecnologia de recarga de bateria avançou nos últimos anos, e o modo de recarga rápida se tornou o novo padrão para toda a indústria de telefonia móvel. Alguns sistemas de recarga rápida alcançam os 65W de recarga, e isso fez com que os tempos gastos no processo se reduzissem consideravelmente.

Porém, nem tudo é perfeito nesse mundo. A mesma recarga rápida que beneficia a muitos usuários também é um elemento que está reduzindo a vida útil da bateria dos smartphones atuais. Ou seja, o problema deixou de ser a pouca autonomia de bateria nesse momento para ser a degradação da bateria (e a redução de sua autonomia) a longo prazo.

 

 

 

Prejuízos a longo prazo na saúde da bateria

 

 

Assim revelou um estudo científico desenvolvido pela Universidade de Purdue (EUA). O projeto foi publicado em junho de 2019, e não provocou grande ressonância no setor de telefonia. Porém, os elementos identificados no estudo são fontes de uma discussão que pode render muito dentro do segmento.

A investigação conclui que o sistema de recarga rápida desgasta as baterias mais rápido do que deveria, pois o seu sistema integra eletrodos mais robustos nas baterias que contam com uma velocidade de recarga mais alta.

Por causa disso, o fluxo dos elétrons acelerados pode impactar de forma eventual no desempenho dos ciclos de carga da bateria. Mesmo que o fluxo acabe se expandindo ao longo de 1.000 ciclos de recarga completa antes que a mesma deixe de funcionar, o que seria equivalente a três anos de vida útil.

Ou seja, o tempo de recarga e a duração das baterias serão afetados pelos carregadores rápidos, mas ao menos essas baterias vão seguir funcionando bem por pelo menos três anos. Uma janela de tempo que está dentro do estimado para o que o Google considera como “ciclo de vida” para os smartphones atuais, considerando a compatibilidade com as novas versões do Android e o tempo de atualização proposto como mínimo para os fabricantes.

E, antes que você me pergunte… não! Não existe alguma forma eficiente para evitar que isso aconteça com a sua bateria sem abrir mão do recurso da recarga rápida. O que nos resta é seguir utilizando o dispositivo e o seu sistema de recarga normalmente durante o tempo em que tudo funcionar bem no dispositivo.

 

 

Via Universidade de Purdue


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