Em algumas oportunidades, afirmei que a profusão das plataformas de streaming poderia ter como efeito colateral a inviabilidade em assistir tudo por um preço justo. No final das contas, tantas plataformas de streaming poderiam resultar em alguns usuários voltando para a TV por assinatura tradicional.
Porém, não é bem isso o que está acontecendo. Alguns dos serviços de streaming entenderam que o brasileiro não gosta de pagar caro pelos serviços na internet, e estão colocando o pé no freio dos preços dentro de suas respectivas plataformas.
A última que entendeu isso foi a Disney, que já confirmou que o Disney+ vai custar no Brasil mais ou menos a mesma base de preço do plano mais básico da Netflix.
Pensando nisso, vamos estimar os valores que os corajosos assinantes com múltiplas plataformas terão que pagar para ter o máximo de conteúdo possível.
Está menos difícil fazer essa conta fechar
Vamos considerar nessa simulação apenas os serviços que oferecem filmes, séries de TV e documentários por streaming, e não vamos pensar nesse primeiro momento nos canais de TV ao vivo oferecidos por algumas plataformas, já que esse serviço não é oferecido por todas. Quem sabe eu faço um segundo post focando também nessa proposta.
Vamos lá.
– Netflix: vou considerar como primeiro plano viável o intermediário, com duas telas e resolução HD, no valor de R$ 32,90 por mês.
– Amazon Prime Video: no Amazon Prime, este serviço custa R$ 7,99 por mês (ou R$ 89 por ano).
– Globoplay: possui um plano anual com valor de R$ 19,90 por mês
– Apple TV+: a assinatura individual (fora do Apple One) custa R$ 9,90 por mês.
– StarzPlay: tem preço sugerido no Brasil de R$ 14,90 por mês.
– Fox Premium: tem preço sugerido de R$ 35,90 por mês.
– Paramount+: o valor avulso é de R$ 19,90 por mês, mas para quem já tem o Amazon Prime (e, nesta simulação, você tem), a mensalidade custa R$ 9,90.
– HBO GO: o HBO Max só estreia no Brasil em 2021; até lá, ficamos com o HBO GO que, no Brasil, custa R$ 34,90 por mês.
– Telecine Play: o serviço tem plano de assinatura por R$ 37,90 por mês.
– Disney+: seu executivo confirmou que o serviço vai custa por aqui “um valor equivalente ao pacote mais básico da Netflix”; logo, vamos entender que o preço base será de, pelo menos, R$ 21,90 por mês.
Somando tudo, o valor final é de…
R$ 236,09 (considerando o Paramount+ com o Amazon Prime, R$ 226,09).
Com esses serviços, você assiste a basicamente tudo o que está disponível dentro do mundo do entretenimento. Não vai faltar nada, exceto o tempo para assistir tantas coisas (e eu sempre recomendo que você estabeleça um critério para escolher as plataformas que melhor atendem ao seu perfil de uso).
É caro?
Sim. É caro. Bem caro. Para quem pensa em economia, terá que fazer escolhas na vida, e deixar algumas plataformas de fora.
Porém, por incrível que pareça, é uma proposta mais absorvível que no passado.
A tal da relação custo-benefício
Na minha modesta opinião, a chegada do Disney+ deve abalar as estruturas das plataformas de streaming no Brasil. Algumas plataformas com certeza vão rever os seus preços, e a tendência de queda de valores é algo factível.
Além disso, a liberdade de escolha de programação oferecida no streaming é simplesmente gigantesca. Você pode assistir o que quiser, quando quiser, onde quiser e no formato que quiser. E só agora a TV por assinatura tradicional está acordando para isso e, ainda assim, em uma proposta que não é tão flexível assim.
Sem falar que várias dessas plataformas ainda oferecem períodos de degustação gratuita, conteúdos exclusivos e opções de resolução de imagem de alta definição em todas as propostas, além de conteúdos agregados e benefícios em outros serviços em produtos combinados.
Por último, mas não menos importante: eu não conheço um pacote de TV por assinatura que ofereça tanto conteúdo por um valor que não ultrapasse os R$ 300 por mês. A tendência é que um pacote de TV paga tão completo quanto o apresentado nesse post custe bem mais caro.
No final das contas…
A grande vantagem no streaming é que você sempre pode escolher a programação que você quer assistir e, dependendo de suas preferências, a economia em relação à TV por assinatura tradicional pode ser enorme. Logo, faça as contas com sabedoria.