Fato: o ser humano é um animal ansioso e apressado mesmo.
O 5G nem chegou direito no Brasil, já que não está presente em todas as capitais do nosso país. Que dirá em todas as cidades! Na prática, as redes de quinta geração são mais inexistentes do que existentes nesse momento.
E, mesmo assim, já tem gente perguntando do 6G, a próxima geração de redes móveis. Alguns usuários já desejam comprar telefones compatíveis com as redes de próxima geração.
E aqui, eu não estou falando do WiFi 6G, que já está disponível em alguns roteadores e smartphones. Falo do sucessor do quase inexistente 5G mesmo.
Devagar, galera! Vamos ter um pouco mais de calma (e um pouco menos de pressa).
O cenário do 6G nesse momento
As redes 5G não estão disponíveis em todo o planeta, e essa lenta expansão não acontece apenas no Brasil. Li relatos de vários usuários em diferentes países reclamando que a qualidade das redes de última geração ainda está muito aquém do desejado.
Porém, os chineses, mais apressados que todo mundo, já tem planos de introduzir a tecnologia de dados móveis 6G no país, pelo menos em estágios iniciais. Quem vai dar o pontapé nessa iniciativa é a China Unicom, terceira maior operadora de rede sem fio do país.
A operadora prevê que vai iniciar as primeiras operações de testes do 6G na China em 2025, e tem planos para implementar a tecnologia por completo em 2030.
Além disso, as outras duas gigantes do setor no país, China Mobile e China Telecom, também estão pesquisando e desenvolvendo suas respectivas redes compatíveis com o acesso à internet e telefonia móvel de sexta geração.
A única coisa que pode atrapalhar a China nesses planos é a tensão com os Estados Unidos. A consequência desse conflito é que os principais provedores de telecomunicações do país asiático como Huawei e ZTE sofreram com as sanções estabelecidas pelo governo norte-americano.
Dessa forma, as duas empresas não podem fornecer processadores e outros componentes para smartphones, roteadores e outros dispositivos de redes. Algo que a China já teve que lidar no passado e conseguiu contornar com sucesso as adversidades impostas.
Ou seja, a China pode até parecer apressada aos olhos de algumas pessoas, mas efetivamente largou na frente de uma corrida onde pode deixar a concorrência para trás… de novo.
As principais vantagens do 6G
Nesse momento, o 6G ainda está em fase de pesquisa e desenvolvimento, de modo que você tem mesmo é que torcer para que o 5G chegue logo na sua cidade.
Não foram compartilhadas muitas informações sobre os benefícios práticos das redes 6G, pois os dados são muito escassos. Mas algumas características já podem ser comentadas e compartilhadas, para que você tenha uma ideia do que está por vir.
A vantagem mais óbvia que o 6G promete para nossas vidas é entregar uma velocidade de transmissão de dados ainda mais altas do que aquelas oferecidas pelo 5G neste momento, e com uma latência muito menor.
Isso é algo importante para a transmissão de vídeos e execução de jogos de videogame via streaming ou em rede.
Também é esperado que o 6G seja mais eficiente no consumo energético, o que pode resultar em uma maior autonomia de bateria nos smartphones e tablets.
Aliás, um dos pontos mais polêmicos envolvendo o uso das redes em 5G é justamente o consumo energético, que está acima do aceitável em alguns smartphones. E certamente todos os envolvidos nessa fase de pesquisa e desenvolvimento vão centrar esforços para contornar esse aspecto.
Por fim, eu nem precisava mencionar isso, mas… os primeiros smartphones que vão receber a compatibilidade com as redes 6G serão (obviamente) os telefones premium, já que inicialmente o recurso terá um ar de exclusividade.
Mais cedo ou mais tarde o 6G desembarca nos telefones mais baratos. Ou você pode economizar dinheiro desde já e comprar um smartphone premium em 2030.
Dá pra acumular um bom dinheiro em sete anos…