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Qualquer celular é muito mais potente que o computador da Apollo 11

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Em 1969, o mundo estava em plena guerra fria, onde a corrida espacial envolvendo Estados Unidos e União Soviética tinham como objetivo final estabelecer qual país iria colocar um ser humano pisando na Lua. Isso aconteceu em 16 de julho de 1969, quando a NASA lançou a missão Apollo 11 ao espaço, e em 20 de julho de 1969, Neil Armstrong pisou no solo lunar.

Os US$ 20 bilhões investidos na época (hoje US$ 150 bilhões) incluíram a aquisição de equipamentos de ponta. Porém, tais dispositivos não se equiparam com qualquer dispositivo atual. Literalmente, qualquer pessoa hoje tem um hardware melhor do que aquele utilizado pela NASA em 1969.

Por isso, temos nesse post um comparativo entre os computadores utilizados na época e um smartphone atual. E nem precisa ser um telefone de 2019: basta um Moto G5 de 2017 (avaliado em US$ 150) para superar com sobras os equipamentos de 50 anos atrás.

 

 

A Apollo tinha dois componentes principais. O primeiro era o Módulo de Control e Serviço, e o segundo era o Módulo Lunar. O primeiro foi pilotado por Michael Collins, que não tocou o solo lunar. Já Neil Armstrong e Buzz Aldrin utilizaram o segundo para dar os primeiros passos na Lua.

Os dois módulos contavam com um Apollo Guidance Computer (AGC), que foi desenvolvido no MIT Instrumentation Laboratory, e foi o primeiro a utilizar circuitos integrados. E esse equipamento tinha um armazenamento de 36.864 palavras de 16 bits, ou 73 kilobytes. Sua RAM tinha a capacidade de 2.048 palavras de 16 bits, ou 4 kB. E seu processador trabalhava a uma velocidade de 2 MHz. Suas dimensões eram de 61 x 32 x 17 cm, com um peso de 30.8 kg.

 

 

Já o Moto G5 possui 219.178 vezes mais armazenamento (16 GB), 500.000 vezes a mais de RAM (2 GB), um processador 700 vezes mais veloz (1.4 GHz), e isso, contando com o trabalho de apenas um dos seus oito núcleos, e é 212 vezes mais leve (145 gramas).

 

 

Enquanto isso, na Terra…

 

 

Os equipamentos no Goddard Space Flight Center em Maryland e no Manned Spacecraft Center em Houston recebiam equipamentos fabricados pela IBM. Nesse caso, o IBM System/360, com diferentes modelos. Mas um dos mais populares foi o modelo 75.

Estas máquinas contavam com até quatro unidades de armazenamento, cada uma com 262.144 bytes de espaço, ou 1.048.576 com as quatro juntas. Ou seja, 1 MB no total. Comparando com o smartphone, este armazenaria 16.000 vezes mais informações (16 GB).

Como dado curioso, apenas um desses computadores poderia custar US$ 3.5 milhões, ou pouco mais de 23 mil vezes a mais do que o Moto G5, que custa US$ 150 e cabe no seu bolso.


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