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Qual é a mágica do Meta com a IA?

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Sério… o que Mark Zuckerberg está escondendo de todo mundo?

Se alguém dissesse em 2022 que a Meta deixaria o Metaverso para trás e se tornaria a estrela da bolsa em 2025, provavelmente ouviria uma risada sarcástica.

O menino Zuck estava convicto que aquele jogo do Nintendo Wii malfeito seria o futuro da tecnologia (#SPOILER: não foi).

Mas aqui estamos nós.

A Meta, aquela mesma que apostou tudo em avatares sem pernas flutuando em ambientes 3D duvidosos, agora superou a NVIDIA como a empresa de tecnologia com o melhor desempenho no mercado de ações neste ano.

Não, você não leu errado.

Mesmo com capitalização de mercado ainda menor, ela cresceu 22% no acumulado de 2025, deixando Microsoft, Apple e Google comendo poeira.

 

Como isso aconteceu?

Vamos por partes, como diria o Jack.

A guinada começou em 2023, quando Mark Zuckerberg, provavelmente cansado de memes sobre o Metaverso, decretou o “ano da eficiência”.

Foram 21 mil demissões, cortes de custos dignos de reality show e um reposicionamento narrativo que fez Wall Street sorrir de novo.

O resultado de tudo isso?

Um plano de ação centrado em três pilares:

  1. produtos de consumo (tipo os óculos Ray-Ban Meta, que agora vêm com cérebro);
  2. infraestrutura corporativa parruda
  3. e um verdadeiro garimpo de talentos da IA.

Na parte dos talentos, Zuckerberg não está poupando dinheiro. Mas dessa vez, está investindo com foco.

A Meta está contratando gente que escreveu parte da história da OpenAI — incluindo criadores dos modelos o1 e o3. É como se um time da Série B começasse a contratar os craques da Champions League.

Se bem que… o Meta (ou Facebook, como queira), nunca foi um Mirassol ou um Juventude da vida.

E para sustentar essa festa toda, a empresa quer levantar US$ 29 bilhões para investir em data centers que devem consumir mais energia do que cidades pequenas.

Ah, e antes que você pense que tudo isso é só fumaça e holofote: a Meta vai investir 65 bilhões de dólares só em pesquisa e desenvolvimento neste ano.

E mesmo com essa gastança, as margens de lucro continuam subindo — o que faz os investidores aplaudirem de pé, mesmo com as mãos ocupadas com gráficos de ações.

 

E fez tudo isso… sem a publicidade?

O mais curioso de tudo é que a empresa conseguiu fazer tudo isso sem matar a galinha dos ovos de ouro: sua receita com publicidade.

Enquanto isso, o Google tenta desesperadamente mostrar que ainda sabe brincar com IA e a Apple… bem, a Apple ainda está tentando descobrir quando exatamente entrou nessa corrida.

Se é que entrou.

A nova identidade da Meta é ser a empresa que populariza a inteligência artificial com modelos de linguagem poderosos, abertos (com algumas restrições, claro) e que caibam nos seus óculos escuros.

Literalmente.

Os Ray-Ban Meta podem parecer só um acessório de hipster descolado, mas estão se mostrando um sucesso inesperado no mundo dos wearables — e um ótimo cavalo de Troia para inserir IA no nosso cotidiano.

O grande próximo teste será descobrir até onde vão os óculos inteligentes e os assistentes virtuais da empresa.

Vão virar moda passageira como o hoverboard ou vão se tornar o novo smartphone?

A resposta ainda está em aberto.

Mas o que já está claro é que, em um cenário onde as big techs ainda tentam se encontrar, a Meta mostra que sabe dançar conforme a música da IA — e ainda fazer passos novos.

É tudo muito surpreendente e, ao mesmo tempo, estranho.

Mas se está funcionando para o menino Zuck, é sinal que outras terão que olhar para este lado e tentar aprender alguma coisa.

Com certeza Mark não está contando para todos tudo o que sabe.

Isso pode ser até segredo de mágico.

Mas como mágicos não existem, vamos dizer que Zuckerberg é um ótimo ilusionista.

 

Via Reuters


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