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PS6 e Xbox Next com teclado incluído: é uma boa ideia?

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Sony e Microsoft estão trabalhando nos consoles da próxima geração… por pura necessidade, já que a atual geração não entregou tudo o que prometeu.

O que dá frio na espinha de todo mundo é que tanto Sony quanto Microsoft repete as promessas feitas no passado: consoles mais potentes e integrados com tecnologias avançadas, mas mantendo a base da geração atual em termos de plataforma e sistema de controle.

Os novos consoles devem entregar um desempenho gráfico muito melhor, otimizando a experiência de usuário, com foco nas inovações que podem diferenciar um produto do outro.

Mas… e se o sistema de controle mudar? E se os consoles domésticos receberem suporte para mouse e teclado? Faria alguma diferença para os usuários?

 

Tudo é uma questão de controle

Historicamente, o controle é o componente central de qualquer console doméstico, e é a característica que melhor define esse tipo de proposta.

Já o teclado e mouse são os periféricos mais utilizados pelos gamers de PCs, e aqui também se aplica o contexto histórico, marcando a diferença na experiência de uso em relação aos consoles.

Cada um desses sistemas de controle tem suas vantagens e desvantagens, dependendo do tipo de jogo que está na sua frente.

Jogos de ação em primeira pessoa, que geralmente exigem uma maior precisão nos movimentos, se beneficiam do uso do teclado e mouse.

Já os jogos de plataforma, RPG ou simuladores são mais bem aproveitados com controles tradicionais.

A possibilidade de oferecer o suporte ao teclado e mouse para os consoles da próxima geração pode abrir uma porta para que Sony e Microsoft tentem conquistar parte de um público que, neste momento, está em um PC.

Ou para aqueles que não estão totalmente imersos nos jogos para PCs, mas desejam uma alternativa mais barata do que os computadores tradicionais.

Ou será que não?

 

Oportunidade ou risco?

PS5 e Xbox Series X/S já contam com suporte para teclado e mouse, mas poucos gamers utilizam esses periféricos. Mesmo porque não existem acessórios oficiais para os consoles, algo que Sony e Microsoft poderia explorar melhor.

Ou seja, só faz sentido que a próxima geração de consoles conte com suporte aos periféricos se os acessórios forem oferecidos como pacotes opcionais dos consoles.

Acredito que um público mais diverso só pode olhar para esses consoles se todas as alternativas para isso estiverem disponíveis.

Por outro lado, existe um certo trauma nessa história de ofertas de itens adicionais em consoles. Principalmente por parte da Microsoft com o Kinect para o Xbox One.

A gigante de Redmond tentou enfiar o sensor de movimento goela abaixo dos jogadores, e cobrou US$ 100 a mais por isso.

O resultado? A Sony venceu de goleada naquela geração com o PS4, e quando a Microsoft percebeu o erro que cometeu, era tarde demais.

O ideal é oferecer diferentes pacotes de configurações dos consoles para deixar a decisão de escolha para o consumidor, tudo em função de suas preferências e necessidades.

Sony e Microsoft precisam evitar a todo custo despertar a irritação nos usuários com a obrigatoriedade de comprar periféricos que eles não querem.

No final, entendo que nem Sony e nem Microsoft vão se arriscar em investir dinheiro em periféricos para os consoles de próxima geração.

Os gamers de PCs já estão consolidados nessa proposta, e já investiram muito dinheiro nos equipamentos para realizar a migração para os consoles.

É mais fácil acontecer o contrário: diante do “mais do mesmo” dos consoles, muitos gamers podem migrar para os computadores, que entregam hoje uma melhor relação custo-benefício.


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