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PS5 Pro sem Blu-ray é mais um prego no caixão das mídias físicas nos videogames

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O PS5 Pro não agradou a ninguém. Definitivamente.

É impressionante como a Sony ignorou todos os sinais dos gamers, acreditou com força que é a Apple, e chamou todos os compradores do PS5 de “trouxas” ao apresentar um console que deve cumprir as promessas mentirosas da atual geração.

Agora… cobrar US$ 700 por um console de videogame que não possui o leitor de Blu-ray? Tá, eu sei que essa é uma tendência de mercado, mas… essa decisão pode resultar como “efeito colateral” (indigesto) a morte definitiva dos jogos em mídia física.

E isso aqui é uma tragédia mais do que anunciada.

 

Um futuro sem registros

Na verdade, esse desaparecimento dos jogos em mídia física é algo desejado, planejado e executado por Sony e Microsoft há muito tempo.

Os downloads digitais começaram a superar as vendas de mídia física em 2016, e em 2023 representam 95% dos jogos comercializados.

E tanto Sony quanto Microsoft promoveram demissões recentes de funcionários relacionados com os setores de produção e distribuição de mídias físicas.

Vale lembrar que as novas versões do Xbox Series também não contam com unidade de Blu-ray, apesar do Xbox Series X Galaxy Black com 2 TB de SSD receber o drive óptico.

Porém, o Xbox Series X All Digital já deixa esse elemento de lado, deixando claro qual é o caminho que a gigante de Redmond vai tomar nesse sentido.

Sem falar que Phil Spencer deixou claro em fevereiro de 2024 que:

“não depende de as pessoas se tornarem digitais […] livrar-se do físico […] não é algo estratégico para nós.”

Está mais do que evidente que essa intergeração que está chegando prepara o terreno para um futuro dos videogames 100% digital.

No final dos tempos, vão sobrar as baratas… e o Nintendo Switch, que usa um formato físico… proprietário e relativamente difícil de ser pirateado.

E, na verdade, já conseguem clonar jogos do Switch com a tecnologia correta. Logo, vamos ver se a Nintendo se protege disso com um “all digital” no Nintendo Switch 2.

 

Uma tragédia mais do que anunciada

Não é a primeira vez que falo nesse assunto aqui no blog e, muito provavelmente, não será a última. Mas é meu dever alertar: o formato “all digital” é uma tragédia para a história dos jogos de videogames.

Para começo de conversa (e essa é a parte menos relevante disso tudo, por incrível que pareça), as lojas físicas de videogames estão seriamente ameaçadas.

O golpe é igualmente duro para as lojas que vendem jogos de segunda mão, que também tendem a desaparecer, tal e como aconteceu com as locadoras de filmes.

Os jogadores com condições financeiras mais restritas serão segregados, pois não terão condições de comprar jogos com preços mais acessíveis.

Nossa dependência absoluta das empresas será enorme, não só para ter os jogos que tanto amamos, mas também pela possibilidade de sermos banidos das lojas por critérios subjetivos e injustos.

Ou essas lojas podem simplesmente desaparecer e, com elas, levando os jogos que pagamos caro para não serem nossos. Nós só pagamos hoje pelo direito de uso dos jogos.

Não somos donos de mais nada.

O formato físico é a única via de salvação para que jogos de videogames não desapareçam para sempre de nossas vidas, e sua preservação ficará muito mais complexa se a via digital for a única opção.

E o passo dado pela Sony com o PS5 Pro é apenas mais um para esse triste fim.

Não é difícil entender por que as pessoas estão cada vez mais propensas a investir dinheiro na retroemulação e nos consoles do passado.

Saudades dos tempos em que eu comprava um cartucho de videogames e sabia que aquele pedaço de plástico com um circuito integrado era meu para sempre…


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