Ontem (28), eu estive em São Paulo (SP) para o evento de imprensa da Motorola Mobilty, onde eles apresentaram três novos smartphones. Ao longo do dia, vou passar as minhas primeiras impressões sobre cada um deles, começando pelo Motorola Moto G de terceira geração (2015), um dos modelos mais especulados dos últimos dias.
Em linhas gerais, o Moto G 2015 é o que mais apresenta mudanças estéticas em relação ao modelo anterior. A Motorola certamente detectou que o principal ponto de interesse dos consumidores desse tipo de produto está na liberdade de personalização do dispositivo na carcaça traseira, mas mantendo a experiência de uso e as melhorias adotadas na segunda versão.
Dito isso, o novo Moto G de terceira geração mantém os dois alto-falantes frontais, algo que foi elogiado no Moto G 2014, o que reforça um pouco as aspirações para consumo de conteúdos em multimídia do smartphone. Não que esse seja o forte do dispositivo, mas ao menos para os menos exigentes na parte de vídeo (que vão assistir os vídeos do YouTube, Netflix e outros serviços via streaming) ou para quem quer um áudio um pouco mais potente para a reprodução de músicas, o dispositivo atende bem essas necessidades.
O dispositivo mantém as suas linhas mais sóbrias, uma característica que já estava presente nas primeiras versões. O ar mais ‘descolado’ ficará por conta do usuário, que tem um grande leque de opções de cores para customizar o seu Moto G 2015.
Aliás, com o novo Moto G de terceira geração, o Moto Maker finalmente estreou no Brasil. O serviço de customização de smartphones da Motorola chega oferecendo ao usuário o pode de deixar o seu dispositivo com a sua cara, e pagando pouco por isso. De novo: a Motorola certamente entende que é isso o que o consumidor brasileiro mais deseja nos seus dispositivos de linha média.
O resultado final é uma série de opções de combinações de cores, que podem acompanhar o estilo do usuário. Essa liberdade de escolha pode ser um dos diferenciais relevantes a favor da Motorola dentro desse segmento de smartphones (com preços entre R$ 800 e R$ 1 mil).
Voltando a falar do design do produto, ele aparenta ser um pouco mais espesso, mas na verdade o seu agarre é bem confortável. Por conta de sua tela de 5 polegadas, o Moto G 2015 continua a ser um dispositivo fácil de ser manejado/utilizado, onde até mesmo os usuários com mãos relativamente pequenas poderão utilizar o dispositivo sem maiores problemas. Mas dentro de um limite, que fique bem claro.
Como você já percebeu nas fotos anteriores, a carcaça traseira foi modificada, com um novo formato para os detalhes do logo da Motorola, além de uma carcaça traseira com uma textura que melhora o agarre do produto. Um sinal de evolução que, no final das contas, agrada bastante se comparado com as versões anteriores do Moto G.
Uma nova câmera, com um novo flash, recebeu também um novo detalhe de acabamento. Tudo isso pensando em reforçar os pontos de evolução estética do dispositivo.
Por fim, mas não menos importante, o novo Moto G de terceira geração agora é resistente à água, ficando imune nas imersões de até 30 centímetros de profundidade por 30 minutos. Pode parecer pouco, mas é um diferencial relevante para um dispositivo de sua categoria. E um alívio para quem usa o smartphone enquanto ocupa o banheiro, ou enquanto toma banho com ele (acredite, 17% das pessoas fazem isso).
De fato, a Motorola apostou em mais mudanças no Moto G 2015 para que o mesmo continuasse a ser um campeão de vendas. No Brasil, o dispositivo foi o smartphone mais vendido por 12 meses consecutivos. Não é pouca coisa.
Porém, alguns pontos levantam dúvidas sobre como o dispositivo vai se sair em um uso diário.
Muitos entendem que a manutenção do processador Snapdragon 410 (mesmo em uma nova versão) no novo Moto G de terceira geração é uma decepção. Seria muito interessante ver a Motorola apostar no Snapdragon 615 (que por sua vez está presente no novo Moto X Play), mas entendemos que está muito difícil manter a relação custo-benefício do passado. A variação do dólar aqui e no exterior obriga os fabricantes a repensarem suas estratégias nos diferentes mercados globais.
Com tudo isso, resta saber como o Android Lollipop vai se comportar com o novo Moto G 2015 com 1 GB de RAM, 8 GB de armazenamento e esse processador Snapdragon 410 no dia a dia. Sabemos que a Motorola customiza muito bem o seu Android, deixando ele praticamente puro. E a breve experiência que tive com o smartphone no evento foi muito boa. Mesmo assim, entendo que será pouco no futuro, deixando a vida útil do dispositivo em risco com as futuras atualizações, e só poderemos tirar conclusões definitivas depois de testar o produto em uma rotina diária.
Ao menos temos um atenuante: através do Moto Maker, os usuários mais exigentes podem optar pela versão com 2 GB de RAM e 16 GB de armazenamento, mais aceitáveis para os propósitos gerais da maioria dos usuários em potencial.
Esperamos que a Motorola não demore no envio do Moto G de terceira geração para testes e review.