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Por que todos os smartphones Android estão copiando a mesma bateria de 5.000 mAh?

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Na vida, nada se cria. Tudo se copia.

E no segmento dos smartphones, a cópia sempre se fez presente. E antes que os fanboys da Apple comecem a dissertar uma verdadeira tese de mestrado sobre o assunto, deixo claro que não estou falando especificamente da Samsung neste caso. Falo da cópia de um modo geral.

Os fabricantes de smartphones estão copiando alguns aspectos de especificações que hoje se tornaram padrão em alguns dispositivos. Por exemplo, o sensor principal de câmera traseira com 50 megapixels e o objeto principal desse conteúdo, a bateria com 5.000 mAh.

Por que isso está acontecendo?

 

Quem sou eu para reclamar disso?

Antes de continuar, quero deixar claro que eu não tenho nada contra esse tipo de cópia. E digo mais: poderia até ser um pouco mais de bateria neste caso.

Na minha modesta opinião, quanto maior a bateria, melhor. Na verdade, quanto maior for a autonomia de bateria, muito melhor. Até porque a quantidade de mAh em uma bateria não necessariamente determina o seu maior tempo de uso longe da tomada.

Mas o que realmente chama a atenção neste caso é a coincidência desse valor de 5.000 mAh para os módulos de bateria para a grande maioria dos smartphones Android disponíveis no mercado.

Bem sabemos que essa é uma das maiores preocupações dos usuários de smartphones nesse momento, pois ninguém quer ficar sem bateria na hora de ver a live do Casimiro ou o jogo da Champions League no (hoje finado) HBO Max (futuro Max).

Por outro lado, muitos usuários se perguntam se essa bateria não poderia ser muito maior, ou se existe algum tipo de cartel para que todos os fabricantes adotem de forma previamente planejada a mesma quantidade de mAh de bateria para todos os principais modelos de smartphones Android que desembarcam para o consumidor.

Essa unidade numérica nos valores de bateria pode confundir a vida daqueles que querem obter o maior tempo de uso no dispositivo.

Então… como determinar qual telefone com bateria de 5.000 mAh vai ter o maior tempo de uso longe da tomada?

 

Leve em consideração as dimensões e os custos

Eu tenho uma boa e uma má notícia para compartilhar com você neste momento.

A boa notícia é que dá sim para colocar uma bateria maior no smartphone. A má notícia é que muito provavelmente você terá um dispositivo mais grosso e mais pesado no bolso. E é você quem decide se vale a pena abrir mão da portabilidade para ter mais tempo de uso longe da tomada.

Na verdade, existem várias limitações que impedem os fabricantes de ampliar a autonomia de bateria do smartphone sem comprometer o design e outras características do dispositivo. E essas limitações ajudam a explicar a bateria “padrão” de 5.000 mAh.

Tamanho e peso do dispositivo são apenas dois dos mais relevantes fatores para limitar a capacidade de bateira de um smartphone. E esses dois aspectos já foram justificados por mim um pouco antes: o seu telefone precisa ser um item de fácil transporte e, por isso, ele não pode ser nem muito grande ou nem muito pesado.

Outro fator que precisa ser levado em consideração para limitar a capacidade de bateria em um smartphone é o custo de produção do dispositivo. Telefones com maior capacidade energética pode resultar em aumento nos custos de produção e no valor a ser pago pelo consumidor final.

E você até pode afirmar que existem smartphones com baterias de 22.000 mAh que são bem mais baratos que o Galaxy S23 Ultra da Samsung. Porém, já viu como são as demais especificações técnicas desses dispositivos? Se sim, sabe muito bem que são bem mais modestas.

Outro fator que impede um aumento na capacidade da bateria dos smartphones é a necessidade de reforçar o controle da temperatura interna do dispositivo, algo que exige um uso maior de componentes e, por tabela, os fabricantes terão que lidar com mais um impacto nas dimensões do dispositivo.

Um smartphone que fica quente demais pode ser incômodo de usar, além de gerar riscos de danos para diversos componentes internos do telefone. E sistemas de refrigeração eficientes que conseguem manter o design refinado dos smartphones é algo que normalmente custa caro para qualquer fabricante.

 

Processador e tela influenciam na bateria

Quando falei mais cedo das variáveis que podem determinar a capacidade de bateria em um smartphone, eu também estava me referindo a dois itens muito importantes para uma boa experiência com o dispositivo: o processador e a tela.

As telas mais modernas com AMOLED e OLED são mais eficientes nos aspectos energéticos, além de entregarem imagens com uma qualidade superior. Por isso, consomem menos energia, permitindo inclusive que o dispositivo receba uma bateria menor.

Do mesmo modo que um processador mais avançado nas suas características técnicas naturalmente entrega um desempenho superior com um menor consumo energético. Quanto mais avançado for o processo de fabricação desse elemento de hardware maiores são as chances desse chip ser eficiente no consumo de bateria.

É claro que eu estou ignorando neste caso todos os smartphones com baterias com 10.000 mAh ou superior, pois o objetivo desses dispositivos é efetivamente entregar a autonomia de uso mais longa possível, mesmo que isso resulte em um telefone que pesa mais de meio quilo.

E tudo isso explica por que temos esse verdadeiro exército de smartphones com bateria de 5.000 mAh. Por isso, vale a pena olhar para os detalhes de cada telefone, pois os resultados de autonomia de uso podem variar em função de todos os aspectos que mencionamos ao longo deste artigo.


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