Eu sou um feliz usuário do YouTube Premium, e confesso que pago a plataforma com gosto por um importante motivo: a minha saúde mental.
Quando comecei a assinar a plataforma, não queria me deparar com propagandas políticas que estavam invadindo os anúncios. E pode soar meio hipócrita vindo de alguém que tem um canal de vídeos no YouTube que ganha dinheiro com as propagandas.
E não tenho nada contra quem procura meios alternativos para não ver a publicidade no YouTube. Aliás, vou depor contra a própria causa, compartilhando alguns dos principais motivos para que você NÃO assine ao YouTube Premium neste momento.
Entendendo o YouTube Premium
O consumo de conteúdo no YouTube geralmente envolve a visualização de anúncios antes e durante os vídeos, e tanta publicidade pode ser considerada algo muito irritante para alguns usuários.
O YouTube Premium é uma assinatura que permite eliminar toda a publicidade e desfrutar dos vídeos sem interrupções. De quebra, você ainda recebe o benefício do YouTube Music e a reprodução de vídeos com a tela bloqueada, entre outras vantagens menores.
Essa opção surgiu como uma alternativa para os usuários que desejam uma experiência de visualização mais limpa e contínua. Mas todo mundo sabe que não é a única alternativa para quem quer ter um YouTube menos poluído de publicidade.
As alternativas ao YouTube Premium
Muitos usuários preferem utilizar extensões de bloqueio de anúncios como o AdBlock para eliminar a publicidade no YouTube. E essa prática é algo que irrita (olha só, quem diria…) ao próprio YouTube.
Apesar dos esforços do YouTube em bloquear esses bloqueadores, os usuários ainda optam por essa solução, que é gratuita e muito prática.
E enquanto a “farra do boi” não terminar, os bloqueadores de anúncios vão prevalecer como o principal motivo para passar bem longe da fila do caixa no YouTube.
E pelo visto, não são só os brasileiros que querem distância do YouTube Premium.
De acordo com um estudo da Android Authority em 2023, apenas 3,4% dos usuários entrevistados demonstraram interesse em assinar o YouTube Premium. O alto preço da assinatura é um dos principais fatores que desestimulam os usuários a optarem pelo serviço.
Só para constar: ter o YouTube Premium hoje custa R$ 24,99 por mês. Insisto que pago com gosto essa assinatura pelos benefícios que a plataforma me oferece, mas reconheço que o valor pode ser indigesto para muitos usuários.
A tendência é que os usuários acabem investindo esse valor da assinatura do YouTube Premium em outros serviços de streaming, como Netflix e Disney+, que oferecem mais conteúdo e recursos.
Por outro lado, com os recentes aumentos de valores de mensalidades de todos os principais serviços de streaming disponíveis no mercado, é mais fácil pensar que os usuários vão buscar métodos alternativos para o entretenimento doméstico (se é que você me entende).
Essa percepção de que o YouTube Premium não oferece um valor proporcional ao seu custo é um obstáculo para a adoção do serviço. Afinal de contas, dá para ver os mesmos vídeos de graça na plataforma, desde que você assista aos comerciais veiculados entre os vídeos.
Muita gente entende que a tortura dos anúncios no YouTube nem é tão pesada assim…
Já outras pessoas ainda conseguem assinar o YouTube Premium a preços mais baixos, aproveitando-se de descontos ou assinaturas em outros países.
Porém, a prática não é tão acessível para os mais leigos no uso de VPN ou que não encontram essas promoções com tanta facilidade.
Fato é que até o YouTube terá que lidar com um mercado de serviços de assinatura cada vez mais saturado, em um cenário onde os usuários terão que fazer escolhas prioritárias para conter gastos.
A competição em si já complica a vida do YouTube Premium. E com a proposta despertando tão baixo interesse por parte dos usuários, é de se perguntar se o Google vai insistir nessa estratégia por muito tempo.
O que não pode é acabar com o YouTube gratuito. Isso seria um tiro no pé gigantesco.