O mundo é mobile, e isso não é uma tendência. Todo mundo tem smartphone, muita gente tem tablets e notebooks, e a última coisa que as pessoas querem fazer na vida é ficar em casa para jogar videogames. Logo, a tendência é que o mundo dos games seja mesmo dominado pelas plataformas móveis. E jogos com Pokémon Go e Fortnite vão ajudar (e muito) com o crescimento dessa popularidade.
Hoje, o smartphone conectado à internet abre um mundo novo de entretenimento. E os jogos móveis alcançam uma faixa demográfica muito mais abrangente que os computadores pessoais (desktop ou notebook) e consoles, já que pais e filhos estão muito mais propensos a compartilharem da mesma experiência dos videogames através dos dispositivos móveis.
O modelo de jogo mobile é muito mais rentável e atraente para o consumidor e para o desenvolvedor. Alguns jogos são (obviamente) mais elaborados que outros, mas em muitos casos a simplicidade pode ser o segredo do sucesso. Angry Birds que o diga.
Jogos com baixo custo de produção e fácil desenvolvimento, uma mecânica simplificada para o jogador e as micro-transações dentro do game. Parece que essa é a combinação do sucesso para um bom jogo mobile. Pouco esforço para grandes lucros.
Muitos ainda podem argumentar que a qualidade gráfica dos jogos fica muito abaixo dos games para PCs e consoles, e que muitos jogos para smartphones são apenas cópias de outros jogos já disponíveis. Porém, tal argumento para o público não é relevante, pois tudo o que ele deseja é ter entretenimento de forma simples e com qualidade.
Tudo isso traz um problema sério para os desenvolvedores de jogos tradicionais. As pessoas se acostumam a jogar de graça e pagar depois por pequenos pacotes de armas ou uniformes. Quem é que vai convencer essa geração a gastar R$ 199 em um jogo?
A única saída para os desenvolvedores é adotar sistemas loot boxes como parte dos jogos AAA. Quem joga esses games não quer ser confrontado com as micro-transações dentro dos jogos.
Um exemplo de como isso pode funcionar bem é o Google Play Instant, que triplicou nos últimos seis meses, onde o usuário pode testar um jogo sem precisar instalar o mesmo por completo no seu smartphone ou tablet.
Concluindo: o crescimento descontrolado pode incentivar o consumo superficial dos videogames. Quantidade raramente significa qualidade, e muita gente prefere ter poucos e bons jogos. A Nintendo que o diga.
Via Android Central