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Por que os CDs de música estão voltando?

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Vivemos a era do streaming, mas as pessoas estão voltando a consumir música como no passado.

Primeiro, o vinil não morreu, e segue mais vivo do que nunca. Agora, os CDs estão ressurgindo do mundo dos mortos. Tudo bem, o streaming segue como rei das receitas, mas os antigos discos prateados registraram o primeiro aumento nas vendas nos Estados Unidos em 18 anos (desde 2004).

O que está acontecendo? Será que a nostalgia está resultando em um movimento de redescobrimento de formatos que antes eram considerados extintos? E será que outras mídias vão passar pelo mesmo movimento? Ou essa ressureição está restrita ao mundo da música?

 

 

 

O ressurgimento dos formatos físicos não é um acidente

A mudança de movimento dos consumidores de música, que estão deixando o streaming e voltando para os formatos físicos começou em 2019, quando os discos de vinil e as fitas cassete começaram a recuperar os seus números de vendas.

Até então, muitos imaginaram que tudo era por causa da nostalgia. Os discos de vinil, na prática, jamais morreram, pois sempre contaram com o apoio dos puristas. E as fitas cassete ganharam um grande impulso de vendas principalmente depois do lançamento do filme “Os Guardiões da Galáxia”.

Hoje, sabemos que o streaming de áudio e vídeo são os responsáveis pelo maior volume de receitas. Por outro lado, as vendas de discos de vinil e CDs estão aumentando. O único formato que está registrando quedas nas receitas é o download digital.

Logo, é fácil concluir que as pessoas estão sim dispostas a pagar por música em qualquer formato, menos via downloads. No caso dos CDs e discos de vinil, são nada menos que 39,7 milhões de unidades vendidas nos Estados Unidos em 2021, o que representa nada menos que US$ 1 bilhão em receitas para a indústria musical.

Convenhamos… não é pouco dinheiro.

Esse é o primeiro aumento nas vendas combinadas de formatos físicos desde 1996, e esse é outro detalhe que mostra a importância do feito registrado por essas mídias.

E, apenas como curiosidade: o streaming pago de músicas representa hoje 60% dos lucros da indústria musical, enquanto que as reproduções através de publicidade permanecem na segunda posição na arrecadação.

E a pergunta continua…

 

 

 

Por que isso aconteceu?

Os especialistas no assunto não encontram uma resposta clara para explicar o surpreendente aumento nas vendas dos CDs de música. Mas quem sabe a volta dos discos de vinil acabou servindo de inspiração para as pessoas voltarem a comprar os discos prateados nas lojas físicas e online.

Outro fator que deve ser levado em consideração para explicar o que está acontecendo é o componente de colecionismo. Mais e mais pessoas estão desenvolvendo o hábito de colecionar coisas, e essa prática sempre foi mais divertida com itens físicos.

Sem falar nas capas, art covers e outros conceitos que estão diretamente associados aos itens físicos e que não são encontrados na música digital.

Além disso, todo mundo sabe que as músicas via streaming contam com uma baixa qualidade, e muita gente se irrita com isso. E receber uma qualidade ruim em um mercado cuja bolha está prestes a explodir com muitas plataformas musicais que são um “mais do mesmo” são outros fatores que também ajudam a explicar esse novo momento.

Por fim, estamos diante de uma tendência construída por uma nova geração de consumidores. Talvez a volta das pessoas para as ruas pode resultar em um novo aumento de consumo do streaming, e o CD volta a ser um ilustre esquecido.

Porém, neste momento, fato é que o CD está de volta. E, quem diria, o Napster não acabou com ele, tal e como muitos especialistas (e o Metallica) afirmaram no começo do século.


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