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Por que o WhatsApp não consegue dominar o mercado dos Estados Unidos

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O WhatsApp é um dos aplicativos de mensagens instantâneas mais utilizadas no mundo, com mais de 2 bilhões de usuários em mais de 180 países.

Ele oferece uma ampla gama de funcionalidades, incluindo mensagens de texto, chamadas de voz e vídeo, envio de mensagens de voz e publicação de estados. É a plataforma preferida dos brasileiros e de boa parte dos internautas do planeta.

Mesmo assim, o WhatsApp não tem uma base de usuários tão grande nos Estados Unidos em comparação com outras regiões. E isso é algo estranho e, ao mesmo tempo, bem explicável.

 

O WhatsApp está crescendo nos EUA…

Recentemente, Mark Zuckerberg anunciou que o WhatsApp já conta com mais de 100 milhões de usuários ativos mensais nos Estados Unidos.

Isso quer dizer que o WhatsApp segue crescendo no país, e muitos podem pensar que esse número de usuários é algo bem expressivo, considerando a população norte-americana.

O crescimento do WhatsApp no país foi mais expressivo nos grandes centros. Isso fica evidente em cidades como Los Angeles, Nova York, Miami e Seattle.

Outras regiões dos EUA que registraram um aumento de usuários no WhatsApp foram no sul do país, com mais de 10 milhões de usuários ativos mensais apenas no Texas.

 

…mas o iMessage e o SMS são mais populares

A grande pedra no sapato do WhatsApp é o iMessage, serviço de mensagens da Apple que está presente em diferentes dispositivos dentro do ecossistema da empresa.

Mas pode chamar a atenção dos brasileiros o fato de o WhatsApp perder em audiência para o SMS, o serviço de mensagens oferecido pelas operadoras de telefonia móvel.

Sobre o SMS, existe um contexto histórico que precisa ser explicado neste momento.

Diferente do que aconteceu no Brasil, o SMS sempre foi um serviço gratuito e ilimitado nas operadoras de telefonia móvel norte-americanas.

Ou seja, o usuário sempre teve um serviço de troca de mensagens sem custos, o que torna a missão do WhatsApp em conquistar o grande público algo ainda mais complicado.

Sobre o iMessage, a sua popularidade é, em parte, por causa da experiência de uso oferecida pelo aplicativo e sua integração com outros dispositivos Apple.

Sem falar na presença do iPhone no mercado norte-americano. O smartphone da Apple é dominante, liderando de forma avassaladora o mercado local.

Isso resultou em uma espécie de “bolha de comunicação”, onde os usuários da Apple conversavam sempre com eles mesmos, deixando os usuários do Android de fora dessas interações.

 

O WhatsApp tem suas vantagens…

A principal vantagem do WhatsApp em relação ao iMessage é que ele oferece uma experiência uniforme, funcionando do mesmo jeito tanto no iOS como no Android.

Já o iMessage só funciona no iPhone e em dispositivos dentro do ecossistema da Apple (iPad, Mac, etc). Quem tem smartphone Android não consegue conversar com quem tem esse app “exclusivo”.

Além disso, o WhatsApp permite o envio de fotos e vídeos, ao contrário do SMS, que só funciona com mensagens de texto.

Mark Zuckerberg precisa olhar com maior carinho para o mercado norte-americano se deseja ver o WhatsApp crescer por lá.

O avanço do WhatsApp no país é crucial para o Meta, ainda mais agora com a introdução do suporte ao protocolo RCS no iMessage.

Com o RCS, o iMessage poderá funcionar em diferentes sistemas operacionais. E se o usuário do Android tomar gosto pela solução da Apple, vai ficar difícil para o WhatsApp nos EUA

A Meta precisa desenvolver estratégias para atrair mais usuários norte-americanos e competir efetivamente com os serviços de mensagens existentes.

Caso contrário, será um “esquecido no churrasco” dentro do mercado doméstico, o que é péssimo para qualquer plataforma.


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