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Por que o PS5 Pro já não cumpre promessas

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De novo: quem avisa amigo é. E você está sendo avisado por mim, mais uma vez. Porque eu considero você meu amigo e, com alguma sorte, um dia você me convida para um churrasco no futuro.

A Sony apresentou ao mundo o PS5 Pro com a promessa de um aumento de desempenho em jogos de até 45% no ray tracing. Aliás, é sempre bom reforçar que esse console de videogames existe justamente para cumprir com todas as mentiras contadas pela mesma empresa na época do lançamento do PS5.

Então, a expectativa criada era de uma experiência mais fluida e de melhor qualidade em comparação com o PS5 convencional neste aspecto.

Bom… a Sony mentiu de novo. A realidade prática é bem diferente da teoria, infelizmente.

 

Os testes da Digital Foundry

Alguém tinha que fazer o trabalho sujo enquanto o PS5 Pro não chega ao grande público ou meros mortais em massa. E temos que agradecer ao Digital Foundry, que decidiu testar o console nesses aspectos, e contar como está o seu desempenho.

Vários jogos foram testados utilizando o “modo de aumento de ray tracing” do PS5 Pro, e os resultados práticos revelaram uma melhoria de desempenho variando entre 30% e 35%. Ou seja, valores abaixo dos 45% prometidos pela Sony.

Pode não parecer muita coisa para quem adora passar pano para a Sony. Mas na prática, não é o que a empresa prometeu para o console. E isso pode sim frustrar aos gamers mais exigentes.

O tal “modo de aumento” ou “modo de reforço” foi criado para para otimizar jogos que não receberam patches específicos para o PS5 Pro.

Ele utiliza o poder bruto da nova GPU do console para aprimorar o desempenho em diferentes modos de jogo.

Na realidade prática, existe sim um ganho de performance em relação ao PS5. Mas… será que justifica o preço (muito) mais caro por uma experiência esteticamente melhor?

 

Limitações da GPU e o real impacto no desempenho

Olhando para o lado mais técnico da questão.

A GPU do PS5 Pro possui 66,67% mais shaders que a do PS5, mas a largura de banda dessa mesma unidade gráfica aumentou em apenas 28%, o que resulta em um certo desequilíbrio nestes aspectos.

Essa limitação de largura de banda afeta diretamente o desempenho prático dos jogos, especialmente naqueles títulos que são exibidos em resoluções acima de 1080p.

O que não faz o menor sentido: a missão do PS5 Pro é (também) entregar um melhor desempenho nos jogos em 4K, mas aparentemente isso não vai acontecer em níveis tão elevados em relação ao PS5.

Se é para ter o melhor desempenho no 1080p, é melhor ficar com o PS5. Certo?

Na análise técnica de performance, fica evidente que o aumento nas unidades de computação (shaders) que, em teoria, é bem significativo, não foi acompanhado por uma melhoria proporcional na largura de banda.

E é isso o que está fazendo com que o PS5 Pro não alcance o desempenho máximo esperado em certas condições de jogo.

É possível que esse problema seja resolvido no futuro com uma atualização de software ou de CPU que libere todo o potencial gráfico do console.

É até um otimismo da minha parte pensar que a Sony está “segurando a mão” no desempenho do PS5 Pro neste primeiro momento, e por um único motivo: não existem jogos que podem explorar a teórica potência total do console.

Por outro lado, para os mais céticos que olham para o futuro, se o cenário de momento não mudar, é de se questionar como será o desempenho desse console quando os principais jogos chegarem.

A última coisa que a Sony precisa é de um PS5 Pro capenga na hora de rodar GTA VI. Até porque muitos desconfiam que esse console existe só por causa desse jogo.

Logo, fique esperto, amigo leitor gamer que considera a compra do PS5 Pro: logo de cara, a Sony já está mentindo, pois esse console não entrega os tais 45% a mais de desempenho prometidos nos aspectos gráficos.

As limitações da GPU colocam o PS5 Pro em uma posição pouco favorável. E se é para ficar limitado nos gráficos, é melhor manter o PS5 em casa.

Ou até mesmo cogitar ficar com o PS4 Pro por mais algum tempo, por incrível que pareça.


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