“Tamanho não é documento”, algumas pessoas dizem. Mas tente colocar um elefante dentro da sala do seu apartamento minúsculo. E vou parar com as analogias aqui, antes que o começo desse post descambe para tópicos não alinhados com o mundo da tecnologia.
Alguém esqueceu de falar isso para o pessoal da Sony quando os japoneses desenvolveram o design do PS5. O que aconteceu aqui? Complexo de inferioridade? É isso?
O novo console de última geração da Sony é simplesmente gigantesco, e eu já estou quebrando a cabeça (e algumas paredes do meu apartamento) para tentar colocá-lo aqui dentro. No minúsculo rack que eu tenho na sala ele não vai caber deitado, e em pé ele será um trambolho atrás da Smart TV.
Vou ter que comprar um móvel novo para ter o PS5 aqui?
E o mais importante de tudo isso: por que o PS5 é tão grande?
Com a palavra, a Sony
O design futurista do PS5 chama a atenção pela beleza das linhas, mas também pelo tamanho do console. E nem podia ser muito diferente: suas configurações são de um PC top de linha ultra potente, e por mais que algumas peças do console sejam miniaturizadas e ajustadas ao design, ele ainda é generoso nas suas dimensões.
É preciso lembrar que o PS5 recebe no seu interior um SSD de alto desempeno (soldado na placa mãe do console, o que é péssimo para quem sonhava um dia realizar um upgrade mais profundo), uma APU de última geração da AMD (com CPU Zen 2 e GPU Radeon) e todos os demais elementos de hardware que naturalmente entregam uma potência bruta nos jogos.
Você já deve estar pensando de forma mais aprofundada sobre os motivos que levam o PS5 a ser tão grande, e nem é preciso ser um Sherlock Holmes para concluir de forma acertada. Mas vamos deixar que a Sony dê uma resposta oficial.
De forma simples e direta: o PS5 precisa de mais espaço para receber componentes tão potentes, já que ele necessita de um radiador de grande tamanho para manter a temperatura do conjunto sob controle. Ou seja… lembra do ventilador enorme que, em algumas unidades do console, ele é um pouco mais barulhento? Pois então…
A culpa é do ventilador (gigante)
O processo de desmontagem do PS5 mostra como o console é, na verdade, um pouco mais “compacto” do que parece ser (aquela carcaça branca na parte externa dá uma sensação de expansão ao produto). Porém, internamente, o sistema de refrigeração é o grande culpado pelo seu chassi enorme.
A Sony considerou integrar dois ventiladores de pequeno tamanho (um em cada lado da carcaça) no PS5, mas descartaram a ideia para adotar um ventilador de turbina de grande tamanho, reduzindo os custos de produção e a complexidade de controle de dois elementos no lugar de um.
E, convenhamos: a Sony colocou um senhor ventilador de turbina no interior do PS5, além de um radiador de relativa complexidade. Ambos deixaram o console quase do tamanho de um desktop gaming convencional.
No final das contas, a melhor coisa que eu, você e a grande maioria dos sonystas do planeta podem fazer é aceitar, que dói menos. O PS5 é um console extremamente potente, com um hardware poderoso que vai trabalhar com uma performance elevada na maior parte do tempo, e o dissipador desse produto precisa expulsar do seu interior uma quantidade enorme de tamanho.
Detalhe: se a Sony não tivesse utilizado metal líquido no PS5, ele seria ainda maior e mais barulhento. Logo, não reclama do tamanho do console. Pensar que tudo poderia ser ainda pior é, na verdade, um alívio para todos nós. O produto final que chegou ao mercado até que é aceitável no seu tamanho.
Apesar de muitos de nós (eu, inclusive) serem obrigados a trocar o hack da sala para receber o novo videogame da Sony.
Via wccftech