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Por que o Google “sabota” os telefones Pixel

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O Google tem interessantes smartphones nas mãos, mesmo com todos os seus problemas. Tanto o Google Pixel 7 quanto o Google Pixel 7 Pro contam com especificações técnicas mais que interessantes e um preço competitivo. E, ainda assim, não consegue decolar em vendas globais.

Tudo bem, existe uma concorrência mais que estabelecida no mercado de telefonia móvel, com fabricantes consolidados que vendem os seus produtos em todo o planeta, algo que não acontece com os telefones Pixel.

Mesmo assim… a impressão que fica é que o Google não quer que os novos Pixel 7 e Pixel 7 Pro vendam tanto quanto o potencial que ele promete ter.

Por que, Google? Por que?

 

Queremos vender, mas não queremos vender muito

O Google tem um comportamento irritante para lançar os seus produtos.

A empresa apresenta os dispositivos para o mundo inteiro, entrega propostas bem interessantes de hardware e software, vende no discurso dispositivos que são “a autêntica experiência do Google” e, no final, revela que nem todos os países do planeta recebem esses produtos.

Muitos mercados importantes ficam de fora dos lançamentos do Google. Incluindo é claro o Brasil, que é um eterno esquecido no churrasco da empresa, já que as outras gerações dos seus smartphones não chegaram ao nosso mercado por vias oficiais.

O problema é que outros mercados internacionais importantes também ficam na espera do lançamento desse dispositivo, sem receber previsão de preços ou de janelas de disponibilidade. O que nos leva a concluir que a aposta do Google no Pixel 7 e Pixel 7 Pro é bem limitada.

Fontes internas afirmam que o Google encomendou a fabricação de mais de 8 milhões de unidades dos dois smartphones. É pouco quando comparado com o lançamento do primeiro telefone Pixel em 2016, que vendeu nada menos que 27.6 milhões de unidades durante o seu ciclo de vida.

Esse número é apenas um décimo do volume de vendas da Samsung em 2021. Porém, essa comparação é bem injusta: os norte-americanos tem dois telefones, e os coreanos contam com um portfólio enorme de dispositivos com especificações muito variadas.

O mais “justo” seria comparar com a Apple, que vende essas 8 milhões de unidades com o iPhone em apenas uma semana.

Tá, eu exagerei no uso do termo “justo”. E por isso eu coloquei essa palavra “entre aspas”.

 

Medo de irritar os sócios

Dados de mercado mostram que o Google nunca vendeu mais de 10 milhões de unidades em um único ano, e a maioria dos dispositivos comercializados eram aqueles com um tamanho menor. E aqui, já é possível começar a entender por que não há tantos esforços em lançar mais unidades do dispositivo.

Por outro lado, é sempre importante lembrar que o Google é parceiro da Apple em alguns aspectos importantes do software presente no iPhone. O principal ponto dessa parceria é a permanência da gigante de Mountain View como o principal motor de busca do smartphone top de linha da empresa de Cupertino.

Além disso, o Google depende demais da Samsung, já que LG e HTC desapareceram do mercado mobile, e os fabricantes chineses não são muito bem vistos pelo governo norte-americano.

Quando olhamos para essas variáveis, encontramos um ponto em comum: o mercado norte-americano.

Nos Estados Unidos, o iPhone domina, e o iOS possui uma cota maior de mercado em relação ao Android, algo que é diferente no resto do mundo. E como o Google é uma empresa norte-americana, ela precisa dessa visibilidade dentro do seu país.

E tudo o que o Google não precisa é irritar os seus parceiros Apple e Samsung.

E isso explica os poucos esforços em promover o Google Pixel 7 e o Google Pixel 7 Pro no mercado de telefonia móvel. A gigante de Mountain View não quer irritar os seus principais parceiros no segmento mais importante para a disseminação dos seus serviços. E o preço que você paga é alto, já que encontrar um dispositivo Pixel é algo complicado e bem caro.

Espero ter respondido à pergunta de maneira satisfatória.


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