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Por que o Dreamcast Mini não existe até hoje?

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Muita fã de gamer mais nostálgico quer que a SEGA entregue ao mercado um Dreamcast Mini. E esse pedido existe desde que a primeira versão do Mega Drive Mini chegou ao mundo.

Pois bem, o Mega Drive Mini 2 foi oficialmente anunciado, mas nada do Dreamcast Mini dar as caras. E nem mesmo um Saturn Mini foi anunciado para dar a chance para o último console da SEGA aparecer miniaturizado.

Então, muitos querem entender se a SEGA está com medo ou com má vontade com os fãs do Dreamcast. Ou se existe algum tipo de impossibilidade técnica que impede essa miniaturização.

Neste post, eu ofereço algumas respostas sobre o assunto.

 

 

 

Por que o Dreamcast Mini não existe até agora?

Em uma entrevista recente, o produtor de hardwares clássicos da SEGA, Yosuke Okunari, explicou qual é o principal obstáculo que existe por trás da impossibilidade de lançamento do Dreamcast Mini.

E o motivo não poderia ser outro: o dinheiro. Ou melhor, os elevados custos de produção do console.

Toda a crise sanitária global que ainda estamos enfrentando dificulta o desenvolvimento de novas plataformas tecnológicas, e os custos totais para a criação de um Dreamcast Mini neste momento seria alto demais. Os semicondutores e outros componentes básicos estão muito mais caros, e isso inviabiliza o projeto no momento.

Tá. Essa é a explicação “oficial” da SEGA. Porém, olhando superficialmente para a questão, fica um pouco difícil de aceitar a explicação do executivo.

Até porque…

 

 

 

O Dreamcast Mini não precisa de um hardware muito potente

Em teoria, o Dreamcast Mini poderia partir da mesma base tecnológica do Mega Drive Mini. Ou seja, utilizando um emulador para gerenciar o sistema e os jogos do console original. E os equipamentos emuladores utilizam especificações de hardware muito modestas.

Aliás, uma das críticas mais severas ao Mega Drive Mini é que o seu hardware consegue ficar abaixo de emuladores chineses mais potentes e que executam os jogos do console de forma muito mais fluída que o console da SEGA.

E um hardware modesto como esse não custa caro, tanto para a produção do produto como para o consumidor final. A não ser é claro que a SEGA esteja querendo faturar muito alto com a nostalgia alheia. Sabendo que o Dreamcast Mini é um objeto de desejo de muita gente, a empresa pode querer cobrar o olho da cara por ele, e isso realmente inviabilizaria o projeto.

Talvez o grande problema técnico do Dreamcast Mini esteja na área de armazenamento, e aí as preocupações de Okunari podem fazer algum sentido. O console utilizava CDs de 1 GB de capacidade de armazenamento, e alguns jogos usavam vários discos. E um produto como esse para ser minimamente atraente para o consumidor precisa ter pelo menos uns 20 jogos.

Ou seja, para um hipotético Dreamcast Mini contar com pelo menos 25 jogos no seu catálogo, ele precisa ter pelo menos 32 GB de armazenamento. Sim, ele até poderia armazenar os jogos em um cartão microSD como fazem os emuladores chineses. Mas como estamos falando de um software mais complexo, o armazenamento interno passa a ser fundamental.

E armazenamento interno é um dos elementos mais caros do mundo da tecnologia neste momento.

De qualquer forma, é importante lembrar que o PlayStation Classic (que conta com arquitetura de software similar) possui 16 GB de armazenamento e 1 GB de RAM. Logo, me pergunto se um hipotético Dreamcast Mini iria precisar de muito mais do que isso para rodar de forma minimamente competente os seus jogos.


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