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Por que a HP não lança um console portátil com Windows?

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O sucesso do Steam Deck impulsionou o mercado de PCs portáteis para jogos. Asus, Lenovo e MSI entraram na disputa, e gigantes como AMD e Qualcomm criam chips dedicados para esses dispositivos.

Até mesmo a TecToy flertou com o segmento de videogames portáteis (ou melhor, computadores em formato de consoles portáteis) com a tentativa fracassada do Zeenix (pena que a empresa mentiu para todo mundo), e a Microsoft está trabalhando no seu Xbox portátil.

Mas uma grande fabricante ainda está de fora: a HP. E o motivo para que a empresa não ingresse nesse mercado?

Isso mesmo que você está pensando: o Windows.

 

A HP só entrará no mercado com as condições certas

Josephine Tan, vice-presidente sênior da divisão de jogos da HP, foi direta ao explicar por que a empresa ainda não investiu no segmento: “O Windows é ruim”. Para ser mais exata, “é ruim em uma tela pequena”.

A crítica não é nova — praticamente qualquer review de portáteis para jogos com Windows reforça essa limitação do sistema operacional da Microsoft, algo que não parece ter uma solução tão cedo.

A HP não pretende lançar um portátil para jogos só porque seus concorrentes estão fazendo isso. Tan reforça que o foco da empresa é oferecer uma experiência intuitiva e eficiente. “Se eu compro um portátil, quero algo simples. Quero ligar e continuar exatamente de onde parei. No Windows, isso não acontece”, argumenta.

Mas… se o problema é o sistema operacional, há uma solução. Quando perguntada se a HP consideraria lançar um portátil com SteamOS, a resposta foi imediata: “Sim”.

 

SteamOS está ganhando espaço no mercado

Com o SteamOS, a Valve abriu caminho para qualquer fabricante criar sua própria versão do Steam Deck. A Lenovo já embarcou na ideia com o Legion Go S, e a Valve está prestes a permitir a instalação do sistema em qualquer dispositivo compatível.

A Microsoft, por outro lado, parece estar correndo atrás do prejuízo. Segundo rumores, um portátil para jogos com a marca Xbox será lançado ainda este ano, mas fabricado por um OEM desconhecido.

A novidade neste produto é que ele não rodaria o Windows tradicional, mas um shell diferente, possivelmente baseado no sistema do Xbox. Essa mudança poderia finalmente corrigir as falhas que tornam o Windows uma experiência frustrante em dispositivos portáteis.

 

Microsoft precisa reagir

Quando a Valve anunciou na CES que permitiria a instalação do SteamOS em qualquer dispositivo, ficou claro que ela está disposta a desafiar a Microsoft.

Ao questionar uma fonte da empresa de Redmond sobre o futuro do Windows nos portáteis para jogos, a resposta foi vaga, mas sugestiva: “Acho que você vai gostar do que verá este ano”.

Enquanto isso, a HP segue sua estratégia. A empresa se diferencia por fabricar tanto PCs quanto periféricos, garantindo uma experiência integrada, o que pode indicar que, se entrar no mercado de videogames portáteis no futuro, não vai se limitar a apenas e tão somente apresentar o produto, mas sim um ecossistema completo.

Além disso, a aposta agora é em recursos como o OMEN AI, que ajusta automaticamente as configurações de hardware e software para melhorar o desempenho em jogos. Em um dispositivo portátil, essa tecnologia faria ainda mais sentido.

A resistência da HP ao Windows mostra que o mercado de PCs portáteis para jogos está amadurecendo. As empresas buscam soluções melhores para oferecer uma experiência realmente otimizada.

Com o SteamOS crescendo e a Microsoft se movimentando, a competição promete esquentar. Resta saber qual será o próximo passo da HP — e da indústria como um todo.

 

Via XDA Developers


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