A notícia da compra da Whole Foods pela Amazon pegou muita gente de surpresa. Mas na verdade a cadeia de supermercados de comida orgânica só vai expandir o poderio da gigante varejista.
A transação foi avaliada em US$ 13.7 bilhões, e apesar da Amazon já contar com o seu serviço de alimentação, contar com o suporte da Whole Foods, que é uma espacialista no assunto, é um grande acerto.
A promessa de entregar determinados produtos em menos de duas horas em certas localidades pode ser uma realidade com o verdadeiro arsenal de unidades desses supermercados, aumentando a variedade de produtos, em um segmento que está em alta no mercado.
A Google está envolvida nesse setor, e a Amazon quer ganhar terreno, reforçando sua oferta de comestíveis.
Vale a pena também lembrar que a Amazon também prepara suas lojas sem humanos, onde a rede de supermercados poderia ser um grande abastecedor. Além disso, a empresa planeja o gerenciamento de pequenas lojas físicas experimentais que incorporam tecnologias diversas, como por exemplo a realidade aumentada.
Contar com o suporte das 431 lojas físicas que a Whole Foods já conta nos Estados Unidos facilita as estratégias desses planos.
Sem falar que a compra online acontece com frequência, mas não cresce no mesmo ritmo que a Amazon queria. Logo, eles querem reforçar sua presença buscando uma simbiose entre o online e o físico.
Por outro lado, a Whole Foods não passava pelo seu melhor momento, acumulando sete trimestres consecutivos de quedas nas suas vendas, o que obrigou uma revisão de sua junta diretiva em maio.
Investidores e acionistas começaram a pressionar para que a rede se colocasse à venda, e a Amazon não poderia chegar em melhor momento.
Ainda não dá para saber se a compra será ou não um sucesso, mas se existe uma empresa que pode fazer isso dar certo, é a Amazon.
Veremos se isso realmente vai acontecer.
Via Business Wire, Time, Forbes