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Pebble está de volta como código aberto

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Eric Migicovsky, o fundador da Pebble, ainda utiliza seu smartwatch da marca, mesmo após treze anos desde o lançamento e mais de oito anos após a venda da empresa para a Fitbit, que foi adquirida pelo Google.

Podem chamar de saudosismo, ou até mesmo afirmar que Eric parou no tempo. Mas é correto dizer que os dispositivos da Pebble eram de qualidade, e o relado dele sobre o uso de um dispositivo do passado é uma das provas disso.

Ele usa um modelo Pebble Time Round, que continua funcional apesar da falta de atualizações desde 2016.

Preocupado com a possibilidade de seu dispositivo parar de funcionar, Migicovsky optou por reviver a Pebble em vez de comprar um novo smartwatch. Após vender sua startup Beeper, ele buscou reativar o sistema operacional da Pebble.

 

Uma nova empresa, com a bênção do Google

Para a surpresa de Eric e de muitos entusiastas do antigo relógio, o Google concordou em liberar o sistema operacional Pebble como código aberto.

Todo o firmware agora está disponível no GitHub, permitindo que desenvolvedores e entusiastas possam contribuir no seu desenvolvimento, tanto para correções de problemas quanto para novas soluções.

Com esse estímulo, Migicovsky está iniciando uma nova empresa que ainda não tem nome, e planeja lançar novos wearables semelhantes aos antigos Pebbles.

O foco da nova marca será em dispositivos com tela de papel eletrônico, longa duração da bateria e uma experiência de usuário simples.

A nova abordagem não visa reinventar a marca, mas sim criar um “sucessor espiritual” que mantenha as características que tornaram o Pebble popular. Eric enfatiza a importância da manutenção de um design peculiar e divertido para os novos produtos, que devem receber funcionalidades práticas.

 

Com foco na sustentabilidade

A nova empresa será menor e mais sustentável, evitando os erros do passado relacionados ao investimento excessivo.

Em escala menor, essa empresa pode crescer de forma mais racional, o que aumentam as chances de sua sobrevivência no mercado.

Migicovsky também deseja fomentar uma comunidade de código aberto em torno do sistema operacional Pebble, permitindo que outros desenvolvam novas soluções em torno desse ecossistema.

Embora o mercado de smartwatches tenha evoluído, com Apple e Samsung dominando o setor (e uma Xiaomi correndo por fora com suas submarcas), Migicovsky acredita que ainda há espaço para um dispositivo que não se concentre em recursos complexos de saúde e fitness.

Ele pretende manter a simplicidade e funcionalidade dos produtos anteriores, o que pode ser um grande acerto para fazer com que esses novos relógios conquistem um público em específico.

Por fim, Eric adverte que todo esse projeto levará tempo. Ele já está trabalhando em protótipos de hardware, e está confiante em sua capacidade de replicar o sucesso anterior.

Espaço para o Pebble voltar existe, e até hoje muitos reclamam que a marca desapareceu depois de sua absorção pelo Google.

E a pior parte desse processo é que a gigante de Mountain View nada fez com a marca. Sequer aproveitou direito suas tecnologias. Só ficou com algumas de suas patentes.

Logo, voltar em forma de projeto de código aberto é a melhor coisa que poderia acontecer. Então, vamos esperar com paciência pelo o que está por vir.

 

Via The Verge


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