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Para o Facebook, ter 60% de um mercado não é monopólio

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O ano de 2019 mal começou, e o Facebook está rodeado de problemas, especialmente na Alemanha, que está batendo de frente com a sua política de coleta de dados. O país instituiu uma regra que limita a prática em todos os serviços e aplicativos que estão em poder de Mark Zuckerberg. E o menino Zuck não gostou nada da decisão.

O Bundeskartellamt, órgão regulador de concorrência no país, declarou que o Facebook não pode colher dados através de suas plataformas, e será obrigado a pedir uma permissão explícita aos seus usuários para essa prática.

Antes, os usuários alemães não tinham escolha: eram obrigados a compartilhar dados entre Instagram, WhatsApp e Facebook, sem falar nos aplicativos de terceiros relacionados com esses aplicativos. A reguladora alemã salientou que o problema não está na coleta de dados, mas sim de apenas uma empresa agregar tudo, algo considerado “anti-competitivo” e um símbolo de monopólio.

O Facebook é muito forte na Alemanha, contando com 23 milhões de usuários diários, ou 95% do mercado. O fim do Google+ é um fator importante, e a concorrência atual (Snapchat, YouTube, Twitter) contam apenas com fragmentos dos serviços que o Facebook oferece.

O Facebook se defende. Alega que ter mais de 40% dos usuários das redes sociais na Alemanha não utilizam a sua rede social. Ou seja, Mark Zuckerberg tem 60% de usuários nas mãos, número que é mais do que suficiente para se considerar um monopólio.

Em comunicado, o Facebook dá uma explicação quase caricata para fazer isso:

“A utilização de informação através de todos os nossos serviços nos ajuda a proteger a segurança e a privacidade das pessoas. Assim, identificamos comportamento abusivo de contas relacionadas ao terrorismo, interferência em eleições e abuso infantil. (…) Todos os dias as pessoas interagem com empresas que recolhem dados de forma semelhante. Algo que devia ser foco para reguladores ao redor do mundo. Porém, o Bundeskartellamt insiste em implementar regras para uma única empresa.”

Ou seja, se todo mundo faz, por que só nós não podemos fazer?

Ou seja, temos aqui mais um exemplo de um governo tentando colocar travas em uma gigante da tecnologia. Por um lado, grandes empresas coletando dados. Por outro lado, grandes governos tentando impedir essa coleta de dados.

O Facebook tem um histórico: Cambrigde Analytica, spywares em smartphones para pesquisa, pagar menores de idade para oferecer dados, entre outros.

Uma vez na internet, a privacidade não existe. Resta a nós, usuários, decidir o que queremos compartilhar e o que não queremos. Nós somos o produto do Facebook. E quem não gosta dessa ideia, pode simplesmente eliminar a sua conta.

 

Via Gizmodo


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