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Os smartphones que fracassaram no crowdfunding

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Plataformas como Kickstarter e IndieGoGo permitiram que muitas grandes (e boas) ideias aparecessem, Mas também fez com que vários fracassos tecnológicos fizessem história, especialmente no segmento de smartphones. E o motivo para o fracasso nesse caso é um só: tais produtos não faziam o menor sentido (pelo menos quando apareceram ou na forma em que fizeram).

Nesse post, vamos revisar esses fracassos para que eles nunca mais se repitam (ou não).

 

 

Ubuntu Edge

Em 2013, a Canonical aspirava transformar o Ubuntu em uma plataforma convergente e universal, que funcionaria em PCs, notebooks, smartphones e outras plataformas. Com isso em mente, o Ubuntu Edge nasceu no IndieGoGo, que buscava arrecadar ambiciosos US$ 32 milhões de investimentos.

O modelo tinha especificações de top de linha para se transformar em um PC ao conectá-lo em um monitor, teclado e mouse. Uma ideia interessante, mas que gigantes como Samsung e Huawei não conseguiram fazer funcionar.

A Canonical também não, mas arrecadou quase US$ 13 milhões de interessados. Fato: o mundo não estava preparado para o conceito que a própria Canonical abandonou em 2017.

 

 

 

ZTE Hawkeye

O ZTE Hawkeye era um smartphone baseado nas ideias da comunidade de usuários. Para a ideia vingar, uma campanha de financiamento coletivo foi iniciada para entregar o tal dispositivo com “a voz do povo”.

Mas no lugar de apostar em um modelo top de linha, a ZTE entregou um smartphone de entrada que custa US$ 199, que só se destacava pelo sistema de acompanhamento do olhar do usuário. O projeto foi rapidamente cancelado no Kickstarter (procurava arrecadar US$ 500.000, mas ficou nos US$ 32.000), e a ZTE admitiu que cometeu erros na hora de seguir adiante com o projeto.

Mas pior do que o smartphone era a ideia em ouvir os usuários. Como, por exemplo, um telefone que gruda na parede. Sério?

 

 

 

Meizu Zero

No começo de 2019, a Meizu apresentou ao mundo o Meizu Zero, um smartphone sem portas de conexão e cabos. Uma ideia arriscada, mas com detalhes interessantes como o eSIM (para eliminar o slot SIM), a conectividade Bluetooth 5.0, a recarga sem fio e a tela que atuava como alto-falante.

Dos US$ 100.000 que ele esperava arrecadar no IndieGoGo, apenas US$ 46.000 foram investidos. O telefone em si custava US$ 1.300. Logo, faça as contas que foram poucas as pessoas que se seduziram pelo conceito.

A Meizu até chegou a dizer que tudo não passava de “uma montagem publicitária do seu departamento de marketing” (um protótipo chegou a se fazer presente na MWC 2019), mas fato é que uma ideia como essa se valida com dinheiro, e sem ele, o Meizu Zero não tinha qualquer sentido.

 

 

 

Conclusão

As histórias desse post mostram que até empresas com grandes recursos apelaram para o crowdfunding para viabilizar suas ideias mais loucas. Mesmo porque nenhum produto se paga por likes ou comentários positivos. Investir dinheiro nas ideias é um grande desafio.

Por outro lado, várias campanhas que alcançaram o sucesso no financiamento decepcionaram os usuários com tempos longos de espera, produtos que não cumprem com as expectativas ou fraudes que deixam clientes sem o dinheiro e sem os produtos.

Pode ser que nenhum dos smartphones apresentados nesse post solucionassem problemas fundamentais dos usuários, mas contam com conceitos que, com sorte (e alguma visão mais ampla) podem ser recuperados no futuro.


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