O Windows é o sistema operacional dominante em computadores desktops de notebooks, e a Microsoft fez um ótimo trabalho em praticamente monopolizar o setor.
Maldade da minha parte. A gigante de Redmond foi muito competente no processo de evolução do Windows, e hoje o sistema operacional encontrou um ponto de maturidade absurdo.
O que muitos não sabem é que Windows, Linux, macOS e outros sistemas operacionais nos desktops utilizam diferentes padrões de armazenamento de arquivos, onde cada um deles funciona em situações específicas, atendendo diferentes necessidades.
Por que existem tantos sistemas de arquivos?
Porque o mercado de informática evoluiu em diferentes frentes, com propostas diversas de sistemas operacionais, softwares e plataformas. E todo um mercado acabou se adaptando a isso.
Não contamos com um formato universal no padrão de armazenamento de arquivos por conta de toda a competição existente entre os sistemas operacionais e dispositivos informáticos.
Tudo bem… eu sei que a Microsoft ainda possui a maior fatia de mercado nos computadores, mas isso não quer dizer que ela está sozinha no segmento de sistemas operacionais.
A Apple tem boa parte do mercado com o macOS, e o Linux está ganhando mercado ano após ano (principalmente por causa dos videogames). E cada plataforma aposta em diferentes sistemas de armazenamento de arquivos.
Por isso, entender o que cada padrão faz é importante, inclusive para aqueles que desejam obter o melhor desempenho possível no armazenamento de arquivos e na execução de softwares.
Dito tudo isso, chegou a hora de você conhecer quais são os principais padrões de armazenamento de arquivos disponíveis nos equipamentos informáticos neste momento.
FAT32
O FAT32 é um velho conhecido dos usuários de computadores, pois existe desde as versões mais antigas do Windows. É a pedra base dessa dinâmica de padrões de armazenamento de arquivos.
Ele pode ser antigo, mas mantém alta compatibilidade com vários sistemas operacionais, incluindo Linux, macOS e Android. E isso ajuda a estabelecer o padrão entre um dos mais utilizados até hoje.
Por outro lado, o FAT32 possui alguns pequenos inconvenientes, como por exemplo algumas limitações típicas de uma tecnologia que já tem alguns anos de funcionamento.
Limitações como a incapacidade de suportar partições acima de 8 terabytes e arquivos superiores a 4 gigabytes ainda persistem nos equipamentos.
Logo, se você vai utilizar sistemas operacionais mais modernos ou softwares mais exigentes, o FAT32 muito provavelmente não foi feito para você. Continue a ler o artigo, pois você tem opções melhores.
NTFS
O NTFS estreou em nossas vidas (e no Windows) desde 2000, e isso pode despertar alguns gatilhos em muitos usuários mais veteranos. Afinal de contas, algumas pessoas sentem verdadeiro pânico ao ler ou ouvir a expressão “Windows Millennium Edition”.
Em compensação, o NTFS trouxe melhorias importantes, como por exemplo as permissões de arquivos, o registro transacional e suporte a arquivos de grande volume.
Ele representa uma grande evolução ao FAT32, e permitiu que os sistemas operacionais se tornassem mais versáteis e funcionais, resultando em computadores mais flexíveis nas suas possibilidades
Porém, mesmo com toda a sua estabilidade, o NTFS enfrenta limitações na compatibilidade com outros sistemas operacionais, especialmente com o macOS.
Muitos afirmam que o NTFS foi pensado muito mais no Windows do que em qualquer outro sistema operacional, mas o tempo provou que isso não é verdade (e que foi a Apple que decidiu apostar em outras frentes).
exFAT
De forma muito grosseira e simplificada, podemos dizer que o exFAT expande as capacidades do FAT32, como uma atualização mais direta das propriedades do padrão do passado.
Ele chegou ao mercado em 2006, e amplia os limites de tamanho de arquivo e volume, sendo ideal para discos externos de grande capacidade.
É um padrão muito utilizado entre os usuários que precisam de um backup externo rápido, eficiente e, principalmente, que consiga conversar com outras plataformas que não se chamam Windows.
Na prática, a compatibilidade do exFAT é variável: Windows e macOS contam com suporte total para o formato, enquanto Linux pode exigir softwares adicionais para ler as unidades com este formato.
Ou seja, ela não é perfeito ou impecável, mas é bem melhor que o FAT32 na maioria dos cenários apresentados.
ReFS
Por fim, a voz da resiliência (ou da resistência, dependendo do ponto de vista) da Microsoft. É onde a gigante de Redmond quer se provar dona de si mesma, sem se importar muito com o que o mercado diz.
Desenvolvido para maximizar a disponibilidade de dados em uma unidade de armazenamento, ReFS apresenta características exclusivas, como a clonagem de blocos e paridade acelerada por reflexo.
São detalhes técnicos pensados nos usuários mais avançados e que, de forma quase exclusiva, vão trabalhar com os sistemas operacionais da Microsoft. Ele é otimizado para o Windows.
Contudo, suas limitações em comparação com o NTFS e a ênfase em ambientes de servidor limitam sua adoção em ambientes domésticos.
A grande maioria dos usuários não precisa do ReFS para trabalhar no dia a dia. Os padrões que abordei nos segmentos anteriores são mais adequados para o cotidiano informático dos usuários menos exigentes.