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Os quatro erros grosseiros da Sony no PS5 Pro

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90% do mundo civilizado simplesmente odiou a apresentação do PS5 Pro e, mais especificamente, o fato de a Sony ter deixado muito claro para todo mundo que os compradores do PS5 são trouxas.

A leva de mentiras que a Sony contou durante o lançamento do PS5, com promessas que não foram cumpridas ao longo de quatro longos anos, fez com que os usuários se revoltassem contra o PS5 Pro, com uma comunidade de jogadores que não ficou impressionada com o que foi apresentado no novo console.

Existem pelo menos quatro motivos que inspiram com força todo o ódio que o PS5 Pro está recebendo neste momento. E não são achismos ou factoides de haters.

Vou explicar cada um deles a partir de agora.

 

Os jogos exibidos durante a apresentação

A Sony não se deu ao trabalho de apresentar um preview de um jogo novo para o PS5 Pro. Nenhuma novidade. Mostrou apenas jogos já existentes e, pior, intergeracionais.

Novos jogos poderiam mostrar todo o real potencial do novo console. Jogos antigos apenas reforçam a ideia do “agora sim podemos entregar o que prometemos e não cumprimos no PS5”.

Exemplos:

  • Spider-Man 2 (que está disponível no PS4, que vai completar 11 anos de vida)
  • The Last of Us Part II (que não recebeu melhorias perceptíveis na demonstração)
  • Hogwarts Legacy (que melhorou mais no ray tracing que na fluidez)
  • Gran Turismo 7 (um mais do mesmo, que melhorou no ray tracing e nos reflexos que podem ser usados nas corridas)

Ou seja, o PS5 Pro só existe mesmo para melhorar jogos existentes. Será raro ver jogos exclusivos para ele. Igualzinho o que aconteceu no PS5.

 

Palavras sem fatos sobre o potencial real

A Sony encheu a apresentação de números sobre o potencial do PS5 Pro, aumentando o ray tracing e o desempenho geral dos jogos, mas… nenhuma demo que pudesse provar o que foi dito aconteceu na apresentação.

Na verdade, a Sony nem mesmo se deu ao trabalho de mostrar um comparativo em tempo real do PSSR nos jogos, o que levantou dúvidas do real impacto dessa tecnologia no novo console.

A Sony se apressou em apresentar justificativas para a decisão, argumentando que o PSSR ainda tinha problemas de qualidade de imagem que ainda precisavam ser resolvidos.

Sem comparações visuais ou vídeos de gameplay em tempo real, o público ficou sem uma percepção clara dos benefícios reais do PS5 Pro em relação ao modelo anterior.

E com vários pontos de interrogação se o recurso cumpre com o que promete. E com o histórico negativo do PS5, não podemos culpar os mais desconfiados.

Dá a impressão de que a Sony se esqueceu que o PS5 Pro deveria ser comparado com o PS5, e não com o PS4. Ou se deu conta que uma comparação entre dois mundos diferentes poderia deixar tudo ainda pior (para a Sony).

 

Ausência de detalhes sobre o seu processador

A Sony evitou mencionar detalhes sobre o processador da nova consola durante o evento, e isso beira ao constrangedor.

Sabemos que o PS5 Pro manterá o processador Zen 2 com 8 núcleos, semelhante ao do PS5 original, e esse pode ser um enorme tiro no pé da Sony em termos de desempenho.

Manter o processador do console que foi muito criticado por não cumprir promessas pode limitar o desempenho do PS5 Pro em jogos mais exigentes, principalmente no muito esperado GTA 6.

Os efeitos colaterais?

Os engasgos e travamentos quando um jogo usa muitos NPCs em um cenário com altas taxas de FPS, por exemplo.

Não entregar um hardware mais potente pode resultar em um limite técnico de resolução ou upscalling para não comprometer o desempenho dos jogos.

E as chances do PS5 Pro entrar em um vórtice de mesmice são enormes.

 

Um preço ridiculamente alto

Que o PS5 Pro seria mais caro que o PS5, era de entendimento comum. Porém, os US$ 699 cobrados pela Sony é algo indecente e ridículo.

O grande diferencial do PS5 Pro é a nova GPU, que conta com uma “revolução” por trabalhar com recursos de Inteligência Artificial.

Não tivemos mudanças significativas nos demais componentes de hardware. Sim, o processador será mais rápido, mas é “velho”. E a SSD de 2 TB não custa US$ 200 a mais para a Sony.

Sem falar que são US$ 699 sem a unidade ótica e a base para o posicionamento vertical. a experiência completa do PS5 Pro exige (pelo menos) US$ 810 dos meros mortais.

O preço é considerado por muitos uma tentativa descarada da Sony maximizar seus lucros, mas sem entregar melhorias que justificam o aumento de preço.

E quem defende esse valor está passando pano para a Sony.

 

PS5 Pro: vale a pena?

Pelo conjunto da obra, não.

Dá para comprar um excelente PC desktop ou notebook gamer com o orçamento que, aqui no Brasil, pode flertar com a casa dos R$ 10 mil.

Considerando os componentes de hardware que esse computador pode receber, o PS5 Pro pode ser considerado um “natimorto” no mundo dos games.

É claro que ele pode até ter um público cativo, composto dos usuários que não querem ter o trabalho de montar um computador para rodar jogos.

Mas para quem entende do assunto, ou para quem compreende que a relação custo-benefício é melhor quando se joga no PC, investir no PS5 Pro desse jeito está completamente fora de qualquer possibilidade.

Além da maior potência bruta, maiores possibilidades de upgrades de hardware e melhor relação custo-benefício geral, no PC você ainda pode ter jogos de graça todas as semanas do ano pela Epic Games Store, Amazon Prime Gaming (se você pagar a assinatura) e GOG.

E como cereja do bolo, o Game Pass para PC é a melhor relação custo-benefício nos planos de assinatura de jogos de videogames.

Encerro por aqui.


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