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Os influencers digitais criados por CGI que ganham dinheiro com publicidade

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Lil Miquela, 19 anos, apareceu em várias revistas de moda e trabalhou com marcas como Prada ou Channel. Só um detalhe: ela não é real. Ela é gerada por CGI. Mas isso é irrelevante para mais de um milhão de pessoas que a segue no Instagram.

A curiosidade por parte dos usuários, o fascínio ou simplesmente a empatia são os fatores que construíram a popularidade de @lilmiquela. E ela cumpre com tudo o que se espera de um influencer: se adapta às últimas tendências, vai em festivais, come com amigos e faz fotos com roupas variadas. Além das selfies no espelho, é claro. Ou seja, além do fato dela não ser real, nada a diferencia dos demais.

A origem desse personagem fictício está na empresa Brud, especializada em robótica e inteligência artificial aplicada ao marketing. Uma empresa de Los Angeles que manteve em segredo a autoria do avatar por meses, e revelou em comunicado oficial a origem do personagem ao anunciar a ruptura da parceria com Lil Miquela.

Pode ser uma campanha de marketing, sim. Mas além disso, o projeto é tão bem feito que permite ganhar dinheiro através do mesmo modelo de negócio que segue outros influencers: publicidade pela promoção de marcas. Incluindo conceder entrevistas para outras mídias.

Tudo isso se traduz em receita. Lil Miquela e outros tantos avatares são produtos que funcionam, e que estão roubando um pedaço do mercado dos influencers ‘reais’. A empresa criadora da personagem conseguiu levantar uma rodada de financiamento de milhões de dólares recentemente por causa desse projeto.

Lil Miquela não é a única conta do Instagram gerada por computador, nem é a primeira a ser popular. Shudu Gram deve ser a primeira supermodelo digital do mundo, e aqui não é um simples avatar tridimensional. A riqueza de detalhes é levada ao extremo, e realmente custa a perceber que a criação do fotógrafo Cameron-James Wilson não é uma pessoa real.

O mais curioso é que, no caso de @bermudaisbae, um norte-americano pró-Trump, teve um battle com Lil Miquela. Ele chegou a ‘hackear’ a conta da modelo, mas rapidamente fizeram as pazes.

E também há avatares homens, como a conta de @blawko22 com quase 30 mil seguidores. Ronnie Blawko aparece em várias fotos com Lil Miquela, mas é um avatar que sempre procurou esconder seu rosto, especialmente a boca. Será que custa a mais modelar em 3D lábios e dentes, ou é parte da personalidade do personagem?

Há muitos outros casos, onde um avatar virtual substitui o ser humano. A Louis Vuitton se atreve a promover algumas de suas bolsas com um personagem virtual. E, obviamente, não podemos encerrar esse post sem mencionar a estrela pop Hatsune Miku, um holograma que levanta paixões no Japão.

 

Via BoF


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