É coisa de ficção científica, em um mundo que nesse momento vive um filme de terror.
Na Austrália, os drones são utilizados para detectar o COVID-19 nas pessoas, em uma tentativa em deter a propagação do vírus e estudar as suas características estacionais para as pesquisas médicas.
A Dragonfly é a fabricante de drones que está trabalhando em uma tecnologia de sensores térmicos instalados em drones e um sistema inteligente de visualização por computador para controlar a temperatura, o coração e as frequências respiratórias de pessoas à distância. O sistema também é capaz de detectar pessoas que espirram em grandes multidões ou em locais onde grupos de pessoas trabalham ou se aglomeram.
A Dragonfly utilizou o integrador exclusivo de sistemas globais para o The Vital Intelligence Project, uma plataforma para monitorização da saúde que a Universidade do Sul da Austrália e o Departamento de Defesa da Austrália iniciou recentemente.
Drones pandêmicos que podem salvar vidas
Os batizados como ‘drones pandêmicos’ detectam as pessoas com febre e problemas respiratórios, ajudando assim a deter a propagação da doença. A detecção precoce e o isolamento das pessoas afetadas é uma medida essencial para frear qualquer tipo de pandemia. O problema atual é a ausência de kits de diagnósticos para testar toda a população (e isso vale para a maioria dos países do mundo, e não apenas no Brasil).
Inicialmente, os drones da Dragonfly foram concebidos para o uso em expedição de socorro em locais remotos. Agora, de forma surpreendente, vemos a possibilidade de seu uso na vida cotidiana de forma imediata, e já ajudando a salvar vidas de milhares de pessoas.
Os pequenos veículos podem detectar quadros de febre a uma distância de até 60 metros. Não foi informado o grau de eficiência científica e de falsos positivos que essa tecnologia registra, e os resultados positivos precisam ser confirmados com meios mais especializados. Mesmo assim, pelo menos no papel, o projeto é mais que interessante.
Os drones já foram utilizados em alguns países (Brasil, inclusive) para controlar o isolamento ou informar sobre o mesmo para as pessoas nas ruas e praias, mas nunca para tarefas de detecção de possíveis doentes. A pandemia está abrindo as portas para o uso da alta tecnologia para combatê-la, e vários projetos com inteligência artificial, física quântica, química computacional e computação na nuvem estão dando frutos para combater essa e as próximas enfermidades.
Nos projetos mais práticos, os respiradores mecânicos criados a partir de impressão 3D, motores e outros equipamentos adaptados vão salvar muitas vidas, assim como os robôs médicos que, na linha de frente de batalha, vão ajudar a reduzir as infecções entre o pessoal que auxilia no setor sanitário.
Via Dragonfly, TechSpot, GlobeNewsWire