Sempre defendi os assistentes de voz. Tenho a Alexa da Amaozn e o Google Assistente em casa (apesar de deixar o Google Nest Mini sem uso por muito tempo), e o Siri da Apple também funcionou muito bem comigo no iPhone.
Mas essa experiência do dia a dia sempre foi incompleta na compreensão de comandos complexos ou da minha fala natural, inclusive em diferentes idiomas que não são o inglês. Aliás, compreender o português parece ser um problema universal para esse tipo de dispositivo.
O resultado disso foi músicas que não foram compreendidas dentro de um contexto em específico ou até mesmo tarefas banais, como timers que nunca foram programados corretamente.
Então… os assistentes de voz vão desaparecer, pois os chatbots de Inteligência Artificial vão dominar tudo.
Finalmente teremos uma promessa cumprida
Na nossa realidade prática, os assistentes de voz nunca cumpriram o que prometeram. Só realiza comandos simples e repetitivos quando a ideia era executar tarefas diversificadas e complexas. A Alexa não consegue responder perguntas mais elaboradas, e no máximo realiza buscas de respostas previamente formatadas na internet, mas que nunca são exatamente aquilo que perguntamos.
Já o ChatGPT na sua versão com GPT-4o consegue compreender e responder a linguagem natural de forma muito mais eficiente, lidando com ordens complexas em diferentes idiomas.
E o mais importante (e, ao mesmo tempo, preocupante – entendedores entenderão) de tudo isso: o chatbot da OpenAI está compreendendo muito melhor o contexto das perguntas realizadas para ele.
Agora, as conversas são muito mais naturais e fluídas com o ChatGPT, se aproximando (e muito) da interação humana, deixando os atuais assistentes de voz parecendo pessoas muito burras.
Tá, estou exagerando. Ainda gosto muito da Alexa, mas ela definitivamente ficou para trás quando comparado com o que ChatGPT, Copilot e Gemini estão fazendo neste momento.
As grandes empresas de tecnologia reagem
A apresentação do GPT-4o fez todas as demais gigantes do setor que estão envolvidas com as tecnologias de Inteligência Artificial reagirem de alguma forma, pois não dá para ficar para trás em uma corrida que só está começando.
As últimas atualizações do Gemini por parte do Google foram bem impressionantes, e a sua participação em produtos como Google Search e Google Assistente mostram que a gigante de Mountain View está buscando converter todo o seu investimento neste campo em realidade prática nos seus produtos.
A Apple fechou uma parceria com a OpenAI Para integrar o GPI na Siri, ou pelo menos é isso o que podemos imaginar para o futuro do seu assistente de voz (este artigo foi produzido antes do keynote inaugural da WWDC 2024).
Logo, é de se imaginar que a Amazon fará algo parecido para manter a Alexa viva no mercado. Caso contrário, é melhor cancelar o assistente de voz, pois tudo vai virar IA naturalmente.
E a “morte” da Alexa não seria algo surpreendente, já que a mesma Amazon deu uma esvaziada nos seus profissionais dentro desse segmento. E sem Jeff Bezos interessado em investir uma grana na sua assistente de voz, é melhor começar a se despedir da Alexa do jeito que conhecemos.