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O WhatsApp pode decidir as eleições 2018 com o escândalo das fake news

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A que ponto chegamos?

Nas últimas horas, uma denúncia de uma suposta compra de pacotes de envios de mensagens pelo WhatsApp por parte de empresas virou o grande centro das atenções de todo o Brasil. A iniciativa seria bancada por empresários que apoiam a eleição do candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL).

A denúncia foi publicada na Folha de São Paulo e reforçada pelo oponente de Bolsonaro, Fernando Haddad (PT). O TSE, MPF e demais autoridades já estão investigando o caso, e o WhatsApp já tomou medidas para se proteger e até colaborar de forma mais efetiva com a lisura do processo eleitoral.

Uma das medidas foi banir as contas que estavam de alguma forma envolvidas com o disparo em massa das fake news que supostamente beneficiaram o candidato do PSL. Entre as contas banidas, está a de um dos filhos desse candidato, Flávio.

Aos olhos da lei, o esquema pode ser interpretado como investimento em forma de doação, que deveria ser declarado pelo candidato no TSE. Só por isso já há uma implicação de abuso econômico, o que pode resultar em implicações mais sérias de toda a chapa.

Além disso, o ato de divulgar notícias falsas na internet também é crime eleitoral, pois as chances do processo se contaminar com a disseminação das fake news é enorme.

Vale lembrar que, segundo estudo, 60% dos eleitores do candidato do PSL se informam através das mensagens recebidas pelo WhatsApp, o que nem de longe dá qualquer garantia de isenção ou base para se obter informações corretas sobre qualquer assunto.

É importante lembrar que todo o caso será investigado, e eventuais medidas só devem ser tomadas após as eleições. Porém, é inegável que o clima suspeito é mais do que evidente.

O Facebook (dono do WhatsApp) já está envolvido até o pescoço com escândalos relacionados ao processo eleitoral O emblemático caso da influência russa no Facebook em favor de Donald Trump é um ótimo exemplo do que eu estou falando.

Sem falar no caso da Cambridge Analytica, que detonou uma crise na rede social de Zuckerberg, minando parte da confiança que as pessoas tinham nessa plataforma (ou a pouca confiança que ainda restava).

Logo, é de se esperar que, dessa vez (e diferente de outras situações), o Facebook vai colaborar ao máximo com as investigações, e tomar providências internas incisivas para preservar a sua plataforma.

Enquanto isso, vamos ficar de olho nos próximos acontecimentos. Pode ser que as eleições 2018 não cheguem ao fim em 28 de outubro de 2018.

Muita água pode rolar por debaixo dessa ponte.


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