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O Submarino afundou! Adeus, Shoptime!

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Uma afundou (quase literalmente). A outra, desapareceu para sempre, de vez.

A Americanas anunciou que as lojas online Submarino e Shoptime serão encerradas e integradas à própria marca Americanas. As duas marcas tinham décadas de história e faziam parte do mesmo grupo desde meados dos anos 2000.

Clientes de Submarino e Shoptime começaram a receber e-mails sobre a mudança nesta terça-feira (2). A Americanas já colocou no ar páginas dedicadas às migrações das duas lojas, trazendo respostas a possíveis dúvidas sobre pedidos, garantias, vale-compras e outros assuntos.

Um triste fim para dois e-commerces que marcaram época no Brasil. Mas… será que vamos mesmo sentir falta dessa dupla?

 

Agilidade para ser competitiva

Segundo a Americanas, a mudança visa uma “operação mais ágil, rentável e eficiente”, buscando “fortalecer o digital da companhia a partir da marca Americanas”.

De fato, considerando as três marcas envolvidas, a Americanas sempre foi a mais forte, uma vez que está no mercado brasileiro a mais tempo. Logo, faz todo o sentido ver essa marca como a dominante, além de ser a empresa principal do grupo.

Equipes da empresa envolvidas nas manutenções das plataformas online trabalham no desligamento de Shoptime e Submarino desde maio, incluindo a transferência dos conteúdos para a nova casa.

O Submarino foi uma das primeiras empresas de e-commerce do Brasil, com fundação em 1999. Em 2006, ele foi comprado pelo grupo Americanas. Já o Shoptime ficou famoso com a venda de produtos pela televisão — o canal foi extinto em 2023. Ele fazia parte do conglomerado desde 2005.

 

A crise e as investigações

Em janeiro de 2023, a Americanas revelou inconsistências contábeis, que representavam um rombo de R$ 20 bilhões no balanço financeiro. Com isso, a empresa apresentou um pedido de recuperação judicial, visando se proteger da cobrança dos credores.

Em junho de 2023, a Polícia Federal cumpriu dois mandados de prisão preventiva e 15 de busca e apreensão envolvendo ex-executivos da Americanas. A investigação aponta que as fraudes contábeis visavam o pagamento de bônus para diretoria, com as ações subindo e o grupo podendo vender seus próprios papéis a preços mais altos.

 

Vamos sentir falta da dupla?

Eu não me lembro da última vez que comprei alguma coisa no Submarino ou no Shoptime (e até mesmo na Americanas, para ser bem sincero), mas entendo que toda competição em qualquer segmento de mercado é válida.

Sei que todo o grupo Americanas (representado pelo grupo B2W) tinha um público cativo, e durante muito tempo era dominante no e-commerce brasileiro. Por outro lado, era perceptível que seus envolvidos perderam o bonde da história, deixando essa empresa esfarelar em vários aspectos.

Como produtor de conteúdo para a internet, o “início do fim” das Americanas como um todo foi quando os parceiros deixaram de receber os pagamentos pelas comissões de vendas dos produtos anunciados no site.

Além disso, o tempo passou, e outros grupos emergiram no setor de e-commerce no Brasil. Magalu, Amazon e Mercado Livre entenderam melhor a evolução do setor em nosso mercado, eclipsando o grupo B2W como um todo.

Sinceramente (e pode me chamar de velho por isso)? Sinto mais falta do canal Shoptime do que do site. Era um canal que passei madrugadas assistindo para conhecer produtos e promoções.

De qualquer forma, triste fim para a dupla.


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