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O som Hi-Fi chegou ao Apple Music: e agora?

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A Apple entendeu que as pessoas querem assinar serviços, e estão dispostas a pagar por isso. E não apenas porque o Apple TV+ custa baratinho (na verdade, custa caro para oferecer produtos de terceiros na maioria dos casos), mas também porque esses usuários querem a melhor qualidade possível para consumir esses conteúdos.

E como a gigante de Cupertino quer competir com qualquer uma que entra em seu caminho, decidiu oferecer para os seus usuários o áudio em alta definição. E isso é mais importante do que parece.

Vamos comentar de forma breve qual é o real impacto da chegada do áudio em alta definição nos serviços da Apple.

 

 

 

O que muda na vida dos usuários?

 

 

Algumas coisas. Principalmente para quem exige ter um áudio de alta qualidade.

Além da óbvia melhoria na qualidade de áudio, a Apple entrega para todo mundo duas novas tecnologias: a ‘Spatial Audio’ e a ‘Lossless Audio’. Como o próprio nome indica, a primeira vai fornecer áudio espacial para aqueles que contam com hardware compatível para isso (aka os caríssimos fones de ouvido da empresa), enquanto que a segunda promete uma menor perda de qualidade das músicas que são convertidas para o formato digital.

Ambas passam pelo codec de áudio próprio da Apple, o ALAC (Apple Lossless Audio Codec). Por conta disso, os usuários vão receber essas melhorias sem custo adicional, pois a empresa não precisa pagar royalties para terceiros por causa desse tipo de ferramenta.

Sem falar que as mais de 75 milhões de canções disponíveis no Apple Music agora contam com o Dolby Atmos, o que também representa um ganho significativo na experiência de consumo de conteúdo.

Em resumo: os usuários do Apple Music ganharam de presente um áudio de alta fidelidade para ouvir as músicas do BTS ou da Joelma (ex-Calypso) e, dependendo da escolha, terão o mesmo efeito de uma unha arranhando a lousa (deixo essa para vocês decidirem #SPOILER Joelma, é claro).

 

 

 

O que isso significa para o mercado como um todo?

 

 

Significa que a Apple está querendo bater de frente com os principais players do segmento de música por streaming, oferecendo de graça algo que ou alguns ainda não entregam, ou que outros cobram muito caro dos usuários para entregar.

Neste caso, é bom o Spotify abrir os olhos rapidamente. Entendo a estratégia da empresa em apostar nos podcasts, pois é um mercado em expansão com custos muito menores do que os acordos feitos com as gravadoras. Por outro lado, muita gente ainda ouve música (e isso não vai mudar jamais), e não entregar áudio em alta definição pode fazer com que um grande número de pessoas migrem para a Apple.

Além disso, a decisão da turma de Cupertino é um desafio direto ao Tidal.

Mesmo sendo um serviço consideravelmente menor no número de usuários, o Tidal ainda é o líder de mercado entre as plataformas de áudio em alta definição. Com a Apple na competição e entregando um preço muito menor para oferecer o mesmo, dá para pensar no estrago que ela pode fazer para quem não tinha tanta concorrência assim em um nicho muito específico de mercado.

Vamos esperar para ver como os usuários vão reagir a essa novidade. Vendo de longe, acredito que muita gente vai gostar de saber que o Apple Music agora conta com um enorme acervo de músicas em alta definição.

Eu, inclusive. A partir de agora, considero fortemente fazer a minha assinatura.

 

 

Via Apple


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