Poucas vezes se falou no que alguns especialistas em tecnologia chamam de Linux Imutável. E esse é um tipo de distribuição do sistema operacional que está se tornando cada vez mais popular entre os usuários.
Sua abordagem única em relação à estabilidade e segurança do sistema operacional é o principal motivo para alguém querer instalar esse tipo de Linux no computador.
Uma vez que a base do sistema operacional é somente para a leitura das informações, você encontra no Linux imutável uma maior praticidade e confiabilidade para as mais diferentes tarefas.
Neste artigo, vou explicar em detalhes o que é o tal Linux imutável.
O que é uma distribuição imutável do Linux?
O Linux imutável é uma distribuição do sistema operacional onde a base do sistema é projetada para ser apenas para a leitura de dados.
Ou seja, mesmo que o usuário ou os processos atrelados aos aplicativos tentem alterar o sistema operacional, essas mudanças não afetam a camada base do Linux.
Dessa forma, esse tipo de Linux é mais íntegro e seguro, permitindo uma maior confiabilidade para as tarefas mais sensíveis.
Não que o Linux não seja seguro. Ele é muito menos vulnerável do que o Windows e o macOS. Mas brechas de segurança ainda podem aparecer.
A partir de agora, vamos explorar as diferenças do Linux imutável para a versão normal em campos mais específicos. Vou separar tudo em tópicos, para facilitar a identificação das informações.
Modelos de atualizações
Nas distribuições tradicionais do Linux, os pacotes são atualizados individualmente, o que pode levar a conflitos e instabilidades diversas em função das diferentes informações.
Neste caso, os usuários precisam gerenciar manualmente as atualizações e a instalação de software, o que pode resultar em um sistema mais suscetível a falhas.
Sem falar no maior trabalho que você vai ter para realizar esse gerenciamento de dados no sistema operacional.
Já no Linux imutável, as atualizações são aplicadas como uma imagem completa do sistema, semelhante ao formato adotado para a atualização dos sistemas operacionais móveis.
As chances de o sistema operacional ser corrompido por uma falha na atualização são muito menores, além de facilitar a reversão do processo em caso de problemas.
Segurança
A natureza mutável do sistema operacional pode permitir alterações indesejadas nas distribuições tradicionais, aumentando o risco de ataques cibernéticos.
Softwares maliciosos e atualizações problemáticas podem modificar arquivos críticos, o que pode comprometer a segurança do Linux.
As distribuições imutáveis do Linux contam com um sistema base que não pode ser alterado, aumentando a segurança do sistema operacional como um todo.
Mudanças consideradas não autorizadas são facilmente detectáveis, uma vez que a estrutura do sistema permanece intacta.
E quando o sistema operacional é competente nessa identificação das tentativas de alterações, esse descarte é praticamente automático.
Gerenciamento do sistema operacional
No caso das distribuições tradicionais do Linux, os administradores têm total liberdade para modificar o sistema, o que pode ser uma vantagem para os cenários onde essa flexibilidade de manipulação de software é necessária.
Por outro lado, as alterações podem oferecer riscos associados às configurações inadequadas, instalações problemáticas e falhas de segurança que podem resultar em roubo de dados.
Já no Linux imutável, a gestão do sistema é feita em camadas, onde os usuários podem realizar as alterações sem afetar a camada base do software.
Além da maior organização do sistema operacional, o software está menos propenso a erros e falhas.
Mudanças reversíveis
Reverter problemas no Linux tradicional é um processo complicado, e na maioria dos casos você será obrigado a reinstalar os pacotes ou até mesmo restaurar configurações específicas.
E uma das principais vantagens do Linux imutável é justamente essa possibilidade de reverter rapidamente para um estado anterior de forma muito simples: restaurando a imagem do sistema.
Vantagens e desvantagens do Linux imutável
Vou encerrar o artigo com um resumo de tudo o que eu escrevi até aqui.
O Linux imutável é mais estável e menos propensos a falhas, o que é perfeito para os computadores que trabalham em ambientes de produção.
Além disso, é uma plataforma mais segura contra malwares e alterações não autorizadas.
E sua manutenção é simplificada, tanto na gestão de atualizações como nos ajustes de configurações.
Dessa forma, os administradores de sistema podem se concentrar em outras melhorias sem comprometer a integridade do sistema operacional.
Sobre suas desvantagens, o Linux imutável é menos flexível, já que não dá para realizar personalizações profundas, com as mudanças afetando as camadas mais superficiais.
Outro aspecto negativo é a curva de aprendizado e adaptação, que é relativamente longa para quem já está acostumado a mudar tudo no sistema operacional.
Não é uma adaptação complexa, mas com um sistema de operação diferente que precisa ser assimilado por quem vai apostar em um Linux mais fechado.