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O que acontece quando você “aumenta” a RAM do seu smartphone?

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Mais um artigo que existe como serviço de utilidade pública para os usuários mais leigos, pois detesto ver as pessoas sendo enganadas pelos malabarismos linguísticos que alguns fabricantes de smartphones insistem em aplicar na publicidade dos seus produtos.

A RAM virtual é uma funcionalidade que está ficando cada vez mais popular nos smartphones, e promete um “boost” de memória para que o dispositivo possa entregar uma melhor experiência de uso.

Porém, alguns mais iludidos acreditam que isso significa “aumentar a RAM automaticamente, “do nada”. E isso não é verdade. Muitos inclusive questionam (e com razão) a eficiência da RAM virtual.

Vamos conversar sobre isso?

 

O que é a RAM virtual?

Vamos explicar o conceito, mais uma vez.

A RAM virtual é uma extensão da memória RAM física que utiliza parte do armazenamento interno do celular para melhorar o desempenho.

Em teoria, essa tecnologia é mais útil em dispositivos com hardware limitado, permitindo que mais aplicativos sejam executados simultaneamente.

Para ativar a RAM virtual em dispositivos Android, como Samsung e Xiaomi, os usuários devem acessar as configurações do sistema e seguir os passos correspondentes.

O processo é simples, mas é importante ter espaço livre suficiente no armazenamento interno para que a função funcione corretamente.

A ativação da RAM virtual pode resultar em uma experiência mais fluida em cenários específicos, como em jogos e aplicativos mais exigentes.

Alguns usuários conseguem notar melhorias no tempo de resposta e na capacidade de multitarefa quando ativam a RAM virtual.

O problema aqui é que o recurso é um placebo, e essa impressão de “melhor desempenho” não se materializa em melhor performance real prática.

O que os fabricantes não contam é que, em função do fato da RAM virtual (ou RAM boost) estar diretamente atrelada ao armazenamento físico do telefone, ela também se limita ao desempenho desse hardware.

Ou seja, uma unidade de armazenamento com um padrão UFS mais lento vai representar um desempenho igualmente mais lento no uso da memória virtual.

Mas… espere… tem mais!

 

As limitações da RAM virtual

Apesar dos benefícios prometidos pelos fabricantes, a RAM virtual não substitui a memória física, e sempre vai apresentar um desempenho inferior.

A velocidade de leitura/gravação da memória interna sempre será menor que a da RAM física, pois o recurso trabalha com um sistema de virtualização (e eu sei que estou sendo redundante ao usar esse termo, mas é necessário enfatizar esse aspecto).

Além disso, ao alocar espaço para RAM virtual, o armazenamento disponível para arquivos pessoais diminui, o que pode impactar inclusive o desempenho do sistema operacional com a falta de espaço interno para gerenciamento dos seus arquivos.

Os resultados da ativação da RAM virtual podem variar entre os usuários. Enquanto alguns relatam melhorias no desempenho, outros observam que o recurso não traz benefícios notáveis ou até piora a performance em certos casos.

Sendo bem sincero?

Para aqueles que sentem que seu smartphone está lento ou sobrecarregado, experimentar a RAM virtual pode valer a pena. Considere suas necessidades específicas e busque outras alternativas para melhorar o desempenho do seu telefone.

Moral da história: a RAM virtual é um placebo. Fato.


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