Algumas pessoas já estão sentindo no corpo os efeitos da quarentena preventiva para combater o avanço do COVID-19. E eu não estou falando de aumento de peso ou tinta acabando no cabelo. Falo de outros efeitos invisíveis no nosso corpo, que muitos de nós não estão nem percebendo.
E é por isso que existem posts como esse, para tentar abrir os olhos dos mais inconscientes.
Quarentena, e os efeitos em nosso corpo
Pode até ser que você encontrou a vida que você pediu a Deus com o isolamento social, mas o sedentarismo é a primeira e mais perigosa ameaça que a quarentena pode entregar.
Se você é obrigado a ficar em casa, evite o sedentarismo. Na internet tem vários vídeos com exercícios físicos que podem ser feitos em casa para ajudar a manter a atividade física em dia.
O ser humano é um ser social por natureza. Ou seja, para ser saudável, você precisa se relacionar com outras pessoas (por mais que ficar em casa trancado e longe de todo mundo pareça o mundo perfeito para você).
Quando você perde as relações sociais, alguns transtornos podem aparecer e desestabilizar as suas emoções. Problemas físicos, psicológicos e emocionais encontram como reguladores integrais as relações sociais. Por isso, procure se manter minimamente conectado com amigos e familiares. A internet ajuda (e muito para isso).
Mas tente sair do lugar comum. Mensagens de texto nem sempre resolvem. Faça algo que você desaprendeu na era do WhatsApp e telefone para as pessoas. Está todo mundo em casa mesmo, logo, ninguém vai ter muitas desculpas para não atender você.
Além disso, use e abuse das videochamadas. São um santo remédio para combater a “bad vibe” do isolamento.
A quarentena pode também resultar em mudanças no ciclo de sono, desajustes no sistema imunológico, cardíaco e endócrino (o que abre as portas para o COVID-19 em qualquer pessoa), além de problemas cognitivos (você começa a não raciocinar direito).
Acredite… esse isolamento social é estressante para todo mundo, mas de tempos em tempos (a cada 100 anos, aproximadamente), a humanidade precisa passar por isso. Agora, pense que na época da Gripe Espanhola (entre 1918 e 1920) as pessoas não tinham internet, e comece a parar de reclamar porque não tem o que preste para fazer exceto ver filmes na Netflix.
Algumas pessoas que passam pela quarentena estão propensas a sofrer mudanças específicas em sua personalidade, como por exemplo desapego, esgotamento, ansiedade, ira, queda no desempenho laboral, entre outros.
E se o tempo de isolamento for muito longo, outros problemas ainda mais sérios podem aparecer, como por exemplo: medo, frustração, estresse aguda, aborrecimentos, falta de suprimentos em casa e, é claro, o sempre onipresente sedentarismo.
Resultado: essas pessoas podem até não padecer de coronavírus, mas problemas relacionados ao coração e Alzheimer podem piorar. Não é uma regra para todas as idades, mas as possibilidades existem. Sem falar nas mudanças no funcionamento do sistema nervoso do indivíduo.
A pessoa pode sofrer transtornos de sono e, por tabela, sofrer mais de transtornos emocionais. E a mudança que nosso corpo vai sentir em função de tudo isso pode ser muito drástica.
Além disso, fazer menos exercícios, caminhar menos, tomar menos sol e se alimentar pior são outras mudanças que certamente virão com a quarentena. E com certeza nossas vidas não serão mais as mesmas quando a pandemia chegar ao fim. São mudanças drásticas das práticas diárias que fazem parte de um todo que nos mantém retroalimentados o tempo todo.
Mudanças tão drásticas representam um rompimento com tudo o que normalmente fazemos. Porém, nesse momento, essa é a única solução para salvar vidas.
Quarentena é a única solução (por enquanto)
A quarentena roubou de nós a vida normal, e quando tudo voltar, o mundo não será como o de antes. O processo de adaptação pode ser longo, dependendo das condições físicas e psicológicas de cada pessoa.
Porém, é preciso ter em mente que o isolamento social é a melhor forma para enfrentar a pandemia enquanto não houver um tratamento ou cura para o COVID-19.
Os problemas financeiros podem gerar estresse em muita gente. Mas dinheiro pode ser recuperado. Vidas, não.
Tente, se possível, combinar os hábitos de uma vida saudável com a necessidade da quarentena forçada. Tente encontrar um pouco de normalidade para o seu processo pós-pandemia ser menos traumático. E, por amor… fique em casa!