Podemos estar diante do fim do Premiere, um dos produtos mais lucrativos da história da Globosat e, por tabela, da Rede Globo. E isso deve acontecer da forma mais irônica possível: após um forte crescimento de assinantes, que ainda estão interessados em assistir ao futebol por pay-per-view.
O aumento do interesse no Premiere veio com a redução de preços e a flexibilização da disponibilidade desse pacote para os assinantes, já que o Globoplay livra qualquer pessoa da obrigatoriedade em assinar um serviço de TV paga para ter o futebol em jogos exclusivos.
Porém, a pergunta que muitos estão se fazendo neste momento é: sem os tais jogos exclusivos, como é possível ainda existir um Premiere?
A engenharia logística para salvar o Premiere
A Globo está tendo que se virar para evitar uma queda brusca na base dos assinantes do Premiere. E o motivo é bem simples: a fragmentação dos direitos de transmissão dos jogos do Campeonato Brasileiro em 2025.
A Liga Forte União (LFU), grupo de times do Brasileirão que contam com grande apelo popular, como são os casos de Corinthians e Fluminense, fechou contrato com a Record, acabando com a exclusividade da Rede Globo e limitando o número de jogos que podem ser transmitidos pelo Premiere.
Mesmo sem essa exclusividade, a Globo negocia com a LFU para ter as partidas desses times no Premiere, um produto que ainda atrai o interesse do consumidor por conta das novas estratégias para reter clientes.
Se você parar para pensar que esse mesmo Premiere chegou a custar um dia absurdos R$ 109,90 por mês, e agora custa apenas R$ 29,90 mensais, constatamos que a própria Rede Globo está fazendo todos os esforços possíveis para garantir a fidelidade dos seus clientes.
E os torcedores mais fanáticos pelo seu time deveriam torcer pela sobrevivência do Premiere. A não ser que queiram pagar mais caro para ver todos os jogos do seu time…
…e falhar miseravelmente na tentativa.
O motivo para o Premiere seguir existindo
O Premiere é a única maneira de você assistir a todos os jogos do seu time (ou quase todos, já que o Athletico Paranaense é um mundo à parte).
Caso contrário, você terá que pagar a mensalidade do Amazon Prime Video e do Max para garantir que vai assistir a todos os 38 jogos de sua equipe do coração no Brasileirão.
E a conta aqui já custa mais cara do que ter apenas o Premiere e pagar R$ 29,90 mensais para ver tudo.
Se por um lado dividir os direitos de transmissão resulta em mais dinheiro para os clubes e até mais jogos de graça na TV (considerando Globo, Record e Cazé TV via YouTube), por outro lado o torcedor mais fanático terá que pagar a mais se quer ver tudo.
O Premiere, além de concentrar todos os jogos em uma mesma plataforma, esfola menos o seu bolso, pois cobra R$ 1 por dia.
É uma questão matemática, senhoras e senhores.
Mas ao menos você é livre para escolher ver o seu time jogar onde você quiser.
Pagando a mais por isso ou não.
Fonte: Minha Operadora