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O OPPO Find N5 é o futuro dos dobráveis?

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É fato que os smartphones dobráveis evoluíram de forma notável, e são símbolos de uma inovação que venceu os desafios de engenharia. A trajetória desses dispositivos, inicialmente vistos como experimentais e com design pouco convencional, passou por uma transformação que os aproximou da familiaridade dos smartphones tradicionais.

O surgimento do OPPO Find N5 marca um momento de inflexão nessa história, pois é considerado “o smartphone dobrável mais fino do mundo”, e estamos diante de algo que é maior do que o título reivindicado.

Na prática, o OPPO Find N5 promete entregar a praticidade de um smartphone convencional, com a versatilidade de um tablet. Seu design agora se integra à rotina do usuário de forma harmoniosa, entregando uma experiência de uso diferenciada.

Ou pelo menos diferente o suficiente para desafiar a dominância do Galaxy Z Fold da Samsung.

 

Poderoso por regra

 

O dispositivo incorpora em suas entranhas o poderoso processador Snapdragon 8 Elite, 16 GB de RAM e 512 GB de armazenamento. O modelo ainda conta com um sistema de câmeras robusto – com uma lente principal de 50 megapixels, complementada por sensores ultra grande angular e telefoto.

O desempenho do OPPO Find N5 é robusto, apesar de seu formato ultrafino estabelecer algumas restrições técnicas.

Não dá para colocar um sistema de resfriamento mais eficiente em um smartphone tão fino como esse, e em cenários de uso intenso, será possível perceber um pequeno aquecimento no seu corpo.

Por outro lado, é impressionante ver como a OPPO conseguiu inserir uma bateria de 5.600 mAh no corpo desse telefone, ainda mais contando com a tecnologia de recarga rápida (80 watts vis USB-C e 50 watts em modo sem fio).

O OPPO Find N5 conquista seu status de flagship por meio de um design ultrafino, medindo apenas 8,93 milímetros quando fechado e pesando 229 gramas, parâmetros que se equiparam aos dos principais smartphones unibody do mercado.

A adoção de tecnologias avançadas, como a utilização de uma bateria de carbeto de silício e uma dobradiça de titânio impressa em 3D, possibilitam essa integração de alto desempenho com um formato surpreendentemente compacto, demonstrando o quanto a engenharia atual pode reinventar a experiência móvel.

A experiência visual proporcionada pelo aparelho é outro ponto de destaque que cativa os entusiastas da tecnologia.

 

Tela de iPad Mini, com um porém

A tela interna, ao ser desdobrada, revela um display de 8,1 polegadas com uma densidade de 412 pixels por polegada e uma taxa de atualização de 120 Hz.

Ou seja, não é exagero comparar o OPPO Find N5 com um iPad Mini, pois o tamanho de tela dos dois dispositivos é praticamente o mesmo.

Porém, o formato quadrado do novo smartphone dobrável da OPPO entrega uma limitação importante para alguns usuários: para atividades que se beneficiariam de uma orientação paisagem, como assistir a vídeos ou navegar em conteúdos amplos, a experiência pode não ser tão otimizada.

O iPad Mini ainda se sai melhor pelo formato retangular, aproveitando melhor o espaço em tela para a exibição de vídeos.

Mas isso não é algo tão relevante assim se você pensar que o OPPO Find N5 não é o dispositivo voltado exatamente para o entretenimento, mas sim para a produtividade.

Se você quer gerenciar e-mails, produzir textos rápidos ou transformar o seu smartphone em um pequeno notebook independente, a proposta da OPPO é mais adequada.

 

O que aprendemos aqui?

Que o OPPO Find N5 é a primeira imagem do que será o futuro dos smartphones dobráveis. Ter um telefone que oferece uma tela de um iPad Mini encapsulada em um corpo que cabe no bolso é uma autêntica vitória para o desenvolvimento de design, mesmo com os custos elevados e as limitações técnicas relacionadas ao conceito geral do telefone.

Ainda dá para melhorar um telefone como esse, mas o que a OPPO entregou aqui é a prova cabal de que os smartphones dobráveis estão mais do que consolidados no mercado, e já conta com um público cativo, que valoriza o design moderno, a alta performance e a maior liberdade para atividades em multitarefa.

Agora, só resta esperar pela redução dos custos de fabricação e dos dispositivos que chegam ao mercado. Uma espera que está bem mais longa do que o desejado, mas que deve acontecer em algum momento em um futuro a médio e longo prazos.

Mesmo porque a competição no setor de smartphones dobráveis existe, e quando chegamos no ponto de maturação, a última saída para os fabricantes que querem se destacar junto ao consumidor é mesmo a redução dos preços dos produtos.


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