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O lado sombrio da Amazon e seu Amazon Prime Day

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O Amazon Prime Day é uma ação de 48 horas de descontos exclusivos para os clientes Prime da loja da Amazon. A ação não só oferece a chance de economizar em vários produtos, mas também algumas dores de cabeça para Jeff Bezos.

Sindicados laborais e os próprios funcionários da loja aproveitaram a Amazon Prime Day para denunciar as condições de trabalho em que eles se encontram, reivindicando os seus direitos.

 

 

Amazon Prime Day: preços baixos e protestos

 

 

Tudo começou em um armazém que a Amazon possui em Minnesota. Os trabalhadores anunciaram uma paralisação de 6 horas durante o primeiro dia do Amazon Prime Day em 15 de julho, como protesto por melhores condições salariais e de trabalho. Em 2019, o Prime Day trouxe novidades que, presumivelmente, aumentariam o volume de trabalho dos funcionários, uma vez que a empresa prometeu entregas em 24 horas.

Outras unidades como Seattle e Nova York se uniram ao protesto, e países como Alemanha e Espanha também tiveram funcionários dos armazéns cruzando os braços, se unindo aos protestos.

 

 

As condições de trabalho dos armazéns da Amazon segundo um infiltrado

 

 

De acordo com os próprios funcionários, os objetivos de produtividade estabelecidos por Jeff Bezos são inumanos e impossíveis de serem alcançados. No Reino Unido, em abril de 2018, um jornalista se infiltrou em um dos armazéns da empresa e sentiu na pele como era trabalhar ali.

De acordo com o seu testemunho, muitos funcionários deveriam percorrer todo o armazém (uns 13 km) para chegar a um dos únicos acessos disponíveis. Cada funcionário era ‘obrigado’ a caminhar 16 km por dia como parte de sua produtividade e tudo que ficar abaixo desse número é considerado tempo perdido.

Por causa disso, muitos funcionários garantem que acabam urinando em garrafas, já que perdiam muito tempo no deslocamento para os banheiros. De acordo com uma enquete com os trabalhadores da Amazon, 74% dos empregados evitavam ir ao banheiro para não receber advertências. Mais da metade alega sofrer de depressão e ansiedade desde que começou a trabalhar na empresa.

Outro relatório informa que a Amazon obriga os seus funcionários a trabalhar 10 horas por dia com descansos de 30 minutos. As visitas ao banheiro eram devidamente cronometradas por dispositivos. O jornalista infiltrado garante ter vivido momentos de tensão quando testemunhou o colapso de um trabalhador quando ele foi avisado que deveria trabalhar 55 horas semanais durante as festas natalinas. Vários funcionários eram orientados a não denunciar lesões no trabalho para evitar possíveis inspeções, e alguns empregados lesionados em várias ocasiões eram demitidos.

Estamos esperando a Amazon se pronunciar oficialmente sobre o assunto.

 

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