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O iPhone alcançou o seu ponto de saturação?

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A Apple apresentou os seus resultados financeiros relativos às vendas do quarto trimestre de 2015, e pela primeira vez em anos a empresa mostrou sinais de cansaço nesse aspecto. Apesar de vendas e lucros recordes para o período, os números foram mais modestos do que o que muitos esperavam.

Porém, o problema não está no presente, mas sim no futuro. A Apple confirmou que, durante o segundo trimestre de 2016, eles projetam vender menos iPhones que no mesmo período do ano anterior. A empresa não entrou em detalhes sobre essa futura queda, mas a alguma semanas já era sabido que eles frearam o ritmo de fabricação dos seus smartphones, diante de uma desaceleração da demanda.

Os iPhones são parte fundamental do negócio da Apple, mas tudo indica que a empresa vai passar por meses difíceis, até o lançamento do iPhone 7, que pode reaquecer as vendas.

 

A culpa (também) é da macroeconomia

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Tim Cook (CEO) e Luca Maestri (CFO) citaram por diversas vezes as tendências macroeconômicas negativas (mais precisamente nove vezes durante o comunicado aos veículos de imprensa), e repetiram o mesmo durante a seção de perguntas e respostas. É um tom mais cauteloso do que se espera em uma apresentação de resultados financeiros.

Soma-se a isso outro grande fator: a desvalorização de várias moedas frente ao dólar (o Real registrou queda de 40%, o rublo ficou em menos da metade do seu valor, entre outros), o que faz com que seus números fiquem abaixo do esperado. De acordo com a Apple, se não houvesse essa desvalorização, as vendas subiriam notavelmente, indo dos US$ 75.9 bilhões oficiais para hipotéticos US$ 80.8 bilhões.

Mas o que preocupa foi o imperceptível aumento de 1% nos valores acumulados por vendas, e crescimento zero em relação ao número de unidades vendidas em comparação com o mesmo período de 2014, algo que nunca havia acontecido com o iPhone na sua história.

 

Analistas confirmam a queda nos próximos trimestres

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A Apple quis prevenir antes de remediar, e avisou que os próximos meses não serão especialmente destacáveis. Alertou que o segundo trimestre fiscal do ano (primeiro trimestre de 2016, que se encerra em março) a empresa espera uma queda nas vendas, mas sem fazer previsões concretas.

Alguns analistas acreditam que a queda pode chegar a ser de 25% nas vendas pelo iPhone, enquanto que os executivos esperam uma queda entre 15% e 20%. Cook se negou a fazer previsões, mas afirmou que “não acreditamos que aconteça nesse nível que vocês afirmam”.

Já os analistas acreditam que as vendas de iPhones podem ficar entre 50 e 52 milhões de unidades, quando no ano passado foram vendidos 61.2 milhões de smartphones. É uma queda muito significativa, que também pode ser visto nas vendas: entre US$ 50 bilhões e US$ 53 bilhões estimados, contra US$ 58 bilhões do ano passado.

 

É só um baque?

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Se a Apple vendesse pelo menos 53 milhões de iPhones no primeiro trimestre de 2016 (é apenas uma simulação, ok?), a empresa já teria uma queda de 13% no número de unidades vendidas frente ao primeiro trimestre de 2015, e essa queda se repetiria (mas suavizada) no segundo trimestre do ano.

De fato, os próximos seis meses (até junho) pode registrar uma queda de 10% em relação as vendas de 2015 (47.5 milhões de iPhones, podendo ficar entre 42 e 43 milhões de unidades). Logo, a recuperação seria um pouco lenta, mas quando o terceiro trimestre chegar, o estimado é que a Apple venda mais ou menos a mesma quantidade de iPhones comercializados no ano passado (48 milhões).

Dito isso, a Apple teria de novo a chance de crescer, com o lançamento do iPhone 7 e 7 Plus, que chegariam reformulados e com chances de estabelecer novos recordes de vendas para a empresa no período natalino.

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Já Tim Cook informa que em 2010 haviam 50 milhões de pessoas de classe média na China, e esse número será de 500 milhões (de acordo com suas estimativas) em 2020, dando a entender que o iPhone ainda tem mercado para crescer. Pode ser que a China tenha sido menos relevante do que parece nos últimos meses para a Apple, mas o potencial desse mercado continua a ser enorme.

Algo parecido acontece com a Índia, onde o iPhone também é um dos grandes protagonistas da conquista do segmento top de linha. Levando em conta isso, o fato da taxa de renovação desses dispositivos é frequente, e a intenção de atualização para um novo modelo (32% dos usuários dos EUA planejam isso), é evidente que o smartphone da Apple não vai mostrar sinais de real debilidade a curto prazo.

Também é óbvio que isso pode mudar no futuro, e aqui há outros pontos relevantes que influenciam, como por exemplo a própria evolução do mercado mobile. Vamos seguir assistindo a essas mudanças de tendência em relação aos dispositivos que as pessoas utilizam no seu dia a dia. E o que está bem claro é que o smartphone segue como produto absoluto, o líder incontestável do mercado de consumo. E que isso vai continuar assim por muito tempo.


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