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O GARM não estava preparado para Elon Musk

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Elon Musk, fundador da X (anteriormente conhecida como Twitter), está no centro de mais uma controvérsia, no meio de tantas outras.

Desta vez, ele processou o Global Alliance for Responsible Media (GARM), um grupo que reúne marcas responsáveis por uma fatia significativa do gasto publicitário mundial.

A ação legal alega que o GARM deliberadamente boicotou a plataforma, lançando uma sombra sobre a integridade da rede social.

O mais surpreendente de tudo isso é que, após Musk entrar com o seu processo, a GARM anunciou o fim de suas atividades. E isso chama muito a atenção de todos.

 

O fim do GARM

Criado em 2019 pela World Federation of Advertisers (WFA), o GARM tinha uma missão nobre (em teoria): garantir a segurança digital das marcas.

Seu objetivo era evitar que anúncios aparecessem junto a conteúdo ilegal, prejudicial ou inadequado. Tal e como podem ser encarados os conteúdos adultos, antissemitas, racistas e neonazistas que hoje são encontrados no X com relativa facilidade.

No entanto, a recente batalha legal com Elon Musk provou ser um desafio insuperável para essa pequena iniciativa sem fins lucrativos.

Dessa forma, o GARM anunciou o encerramento de suas atividades, deixando um vácuo no cenário da publicidade digital.

 

A decisão da WFA

A ação movida por Musk contra o GARM não passou despercebida.

A World Federation of Advertisers (WFA), que havia apoiado o GARM desde sua criação, tomou a decisão drástica de suspender as atividades da entidade que Musk está processando.

Dessa forma, ela reconhece que a batalha legal contra um magnata como Musk estava além de suas capacidades financeiras e legais, consumindo recursos importantes.

Em última análise, o processo de Elon Musk selou o destino do GARM.

 

O X que se vire para ter publicidade

Com o fechamento do GARM, o grande questionamento é: como tudo isso vai afetar o comportamento dos anunciantes que ainda estão no X?

Para quem investia na rede social e ainda buscava por algum tipo de transparência e segurança nas suas campanhas publicitárias, chegou a hora de tomar uma decisão importante.

Ou voltam para o X do jeito que está, e corre o risco de ver o seu produto vinculado a algum conteúdo inadequado, ou procura outras redes sociais e perde a visibilidade de uma plataforma que ainda gera engajamento orgânico.

Fato é que aquilo que sobrou da reputação do X está arranhado, e ninguém sabe direito como Elon Musk vai manter essa rede social de pé sem o dinheiro dos anunciantes.

A única grande mudança que percebemos é que os posts patrocinados ou com propagandas aumentaram de forma considerável no X, e isso já está incomodando aos usuários que gostariam de utilizar uma rede social menos poluída de propagandas.

Mas este é um caminho sem volta. Se quer usar o X sem publicidade, o jeito é pagar para Elon Musk. Infelizmente.


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