Além de seguir as normas e legislações de trânsito, usar um capacete para andar de bicicleta é algo fundamental. Esse é o tipo de item que pode salvar vidas em diferentes tipos de acidente.
Porém, eles não evitam por completo uma lesão na cabeça nos impactos mais fortes. Por isso, duas empresas suecas se uniram para desenvolver um protótipo desse item de segurança equipado com um airbag.
Pode não parecer, mas esse item pode fazer uma grande diferença nos casos de acidentes mais sérios ou com grande impacto.
Como o capacete com airbag funciona?
O capacete com airbag foi desenvolvido e testado por conta da parceria entre o fabricante de sistemas de segurança para automóveis Autoliv e a empresa de roupas de proteção POC.
Não foram revelados muitos detalhes técnicos sobre o produto, muito provavelmente para uma eventual proteção de patentes pendentes.
Porém, sabemos que o dispositivo conta com sensores que detectam os movimentos associados às quedas repentinas. Nosso corpo produz esse tipo de movimento em função de um impacto ou desequilíbrio brusco em uma fração de segundos.
Quando isso acontece, uma unidade de controle eletrônico vai inflar o airbag de forma imediata, reforçando a proteção na área da cabeça do ciclista.
O airbag em si é composto por três bolsas com corpo revestido em tela. Esse elemento fica oculto abaixo dos painéis externos do capacete, que são desmontáveis quando não estão em uso.
Quando um acidente acontece, o airbag se expande de forma imediata, liberando as partes desmontáveis da área externa. Também em uma fração de segundo, obviamente.
O airbag alcança rapidamente uma pressão de 60 kilopascais (ou 8.7 psi), cobrindo as laterais e a parte superior da cabeça, e oferecendo uma proteção imediata para essa área do corpo.
A ideia é que o produto atue como um absorvente de energia inicial. O forro de espuma integrado dentro do capacete vai agir como elemento absorvente secundário.
O airbag não compromete o design, o peso ou a comodidade de uso do capacete, de acordo com os seus responsáveis. Só poderemos mensurar isso se algum dia tivermos algum contato prático com o produto.
Será que esse tipo de produto vai dar certo?
Não custa nada ter fé na ciência, mas entendo que os mais céticos estejam olhando para esse capacete e imaginando o quão ridículo ele pode ser se eventualmente o airbag for acionado de forma repentina ou inesperada.
De qualquer forma, seus responsáveis realizaram testes prévios antes de apresentar o conceito ao mundo. Nos testes, o capacete foi colocado na cabeça de um manequim pensado nos testes de colisão que caiu de uma altura de 1.8 metros sobre superfícies planas ou inclinadas.
A simulação aconteceu dessa forma pois esse é o cenário que emula diferentes tipos de impacto nas estradas ou em outras superfícies durante o uso da bicicleta.
Em um impacto a 20 km/h (a velocidade média permitida para uma bicicleta na maior parte das ciclovias e ruas brasileiras), o risco de uma lesão moderada ou mortal na cabeça se reduziu em 80% com o capacete com airbag. Em um capacete convencional, esse risco é cai para apenas 30%.
Os estudos sobre o capacete com airbag continuam, e a próxima fase de investigação está prestes a começar. É de se esperar que um produto comercial chegue ao mercado em algum momento no futuro.
E esse post certamente fez a alegria dos ciclistas. E eu me incluo neste grupo de pessoas felizes com a novidade.