A Nokia veio, e dominou tudo. Depois, foi comprada pela Microsoft e desapareceu. Aí, veio a HMD Global e trouxe a Nokia de volta. E no meio de tudo isso, o Nokia 3310 prevaleceu, pois esse era o celular indestrutível.
Nem o desaparecimento da Nokia fez o Nokia 3310 desaparecer. E feliz daquele que tem uma unidade desse celular escondido em algum canto da gaveta, pois tem uma espécie de ticket para a vida eterna (pelo menos dentro do mundo da tecnologia).
Em um tempo onde a Nokia mandava em tudo
Ontem (1), o Nokia 3310 completou exatos 20 anos do seu lançamento, e o mundo da telefonia móvel era bem diferente em 1 de setembro de 2000. Eu poderia me estender dizendo que a Apple nem estava nesse mercado, a Samsung mal pensava nisso, ninguém sabia quem era a Huawei e outras coisas apenas para encher linguiça.
Mas vou direto ao ponto: a Nokia mandava na coisa toda.
Era a empresa que se permitia experimentar designs mais ousados, propor conceitos diferenciados e lançar produtos para todas as faixas de preços, porque oferecia os melhores celulares do mundo. E essa série numérica de telefones da Nokia era algo sensacional, em todos os sentidos.
Oferecia tudo o que você poderia querer em um celular na época. Tela monocromática, ótima qualidade de sinal, chamadas de voz de qualidade, mensagens SMS, tela monocromática e, o mais importante de tudo: o Snake, doravante conhecido como o “jogo da cobrinha”.
Com todos esses elementos, era praticamente impossível a Nokia ter um concorrente de peso. A Motorola bem que tentou, mas não conseguiu. E a BlackBerry estava em outro segmento de mercado.
Aí chegou o famigerado ano de 2007, e veio a Apple… e… bom, vocês bem sabem o que aconteceu, e esse não é o foco desse post.
Uma lenda que era muito real no mundo da telefonia móvel
O Nokia 3310 é uma lenda que era real. Era um celular muito competente, resistente, com um design simples e sóbrio, um tamanho compacto, uma ótima qualidade de sinal, uma autonomia de bateria excepcional (de fazer inveja a qualquer smartphone disponível no mercado hoje) e uma resistência que não era para qualquer dispositivo.
O mais impressionante de tudo isso é que o Nokia 3310 não era um dispositivo caro. A prova disso é que até eu, que sempre fui um geek pobre (quem acompanha meus blogs desde o começo sabe muito bem disso), tive condições de comprar uma unidade desse celular nova. Muito provavelmente porque as operadoras de telefonia móvel já utilizavam o modelo na época para expandir a sua clientela, pois muita gente se interessou por esse modelo pelas características que já destacamos no post.
Muito provavelmente você, jovem, que está se gabando por ter um smartphone Redmi no bolso para jogar Free Fire, nunca chegou perto de um Nokia 3310, e eu lamento por você. Afinal de contas, não tem a menor ideia do que perdeu, e de como era bom esse dispositivo. Mas tudo o que você precisa saber é: tudo o que você ouviu sobre ele é a mais pura verdade.
Os 20 anos do Nokia 3310 serve para alimentar a mente e a alma dos mais saudosistas (eu, inclusive), e é um dos melhores celulares que chegaram ao mercado. Muitos de nós sentimos falta de seus predicados, e alguns fabricantes de telefonia móvel poderia aprender com as lições que o modelo deixou.
Que seu legado permaneça por muitos anos, e enquanto velhos blogueiros de tecnologia tiverem a capacidade de digitar em um notebook, o Nokia 3310 será lembrado de tempos e tempos.
E assim se tornará eterno em nossos corações… e em alguma gaveta esquecida por aí.