Samsung, Apple e Xiaomi seguem dominando o mercado de smartphones de forma quase incontestável. Mas o segmento como um todo não entrega boas notícias, já que continua a encolher de forma perigosa.
A Canalys publicou um novo relatório que confirma um retrocesso no mercado global de smartphones, o que reforça mais uma vez que a economia global vive tempos muito difíceis.
Neste sentido, vale a pena uma profunda reflexão sobre onde estamos e para onde vamos no mercado de telefonia móvel. E como isso vai afetar a vida do usuário comum.
Pelo visto, estamos cada vez mais longe de um novo smartphone. Ou pelo menos não vamos comprar um novo telefone a curto e médio prazos.
Uma recuperação discreta, mas que não evita a contração do mercado
A demanda global de smartphones segue em queda livre, mas com uma desaceleração dessa queda.
O mercado global de smartphones caiu 9%, com a Samsung como líder desse mercado (21%), seguida pela Apple (17%) que tem um iPhone 13 que ainda vende muito bem. A Xiaomi se consolidou na terceira posição (14%). Oppo e Vivo completam o Top 5.
O cenário geral está obrigando a todos os fabricantes a modificar suas estratégias de mercado, adotando um perfil cada vez mais conservador e assumindo menos riscos.
Isso se explica porque a oferta está maior que a demanda, o que faz com que os fabricantes e e-commerces se vejam obrigados a lançar promoções agressivas para que os produtos não fiquem parados.
Em teoria, isso seria algo muito positivo para o consumidor. Afinal de contas, quem não gosta de uma promoção, não é mesmo?
Por outro lado, com uma crise global que ainda se faz presente (e, pelo visto, não tem previsão de término), a procura por um novo smartphone ainda deve ser menor que o esperado.
Um momento difícil para a indústria de smartphones
A contração de vendas de smartphones em todo o mundo pode ser entendida de diferentes formas. A crise econômica como consequência da guerra da Ucrânia é apenas uma das perspectivas que explicam o cenário de momento.
O conflito bélico é um dos motivos para uma espiral inflacionária que o mundo enfrenta neste momento. Também temos que considerar os efeitos da crise sanitária global que ainda não terminou como outro motivo para a contração do mercado de smartphones.
Muitas pessoas estão contendo os gastos, e a compra de um novo smartphone deixa de ser uma prioridade para os próximos meses.
Com isso, consumidores mais conservadores e fabricantes com muitos smartphones parados nos estoques resultam em preços reduzidos para os produtos.
Há quem diga que o cenário será melhor em 2023, mas isso é visto também como um certo otimismo. De qualquer forma, o cenário atual está mais do que explicado: quando a inflação chega, as pessoas priorizam a comida na mesa do que um smartphone novo.
Algo óbvio para a maioria das pessoas.
Vamos esperar para ver como o mercado vai se comportar durante a Black Friday 2022. Será que veremos produtos com preços ainda mais reduzidos no período de compras mais esperado do ano?
Acho difícil isso acontecer, mas… quem sabe?